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Fla alega ajustes financeiros e se desfaz de principais atletas ligados a Patricia Amorim

Ibson (e) está perto do adeus; Vagner Love (c) e Cesar Cielo (d) já saíram do Flamengo - Alexandre Vidal/Fla Imagem/Divulgação
Ibson (e) está perto do adeus; Vagner Love (c) e Cesar Cielo (d) já saíram do Flamengo Imagem: Alexandre Vidal/Fla Imagem/Divulgação

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

16/01/2013 06h10

A proposta de reformulação total no Flamengo está sendo seguida à risca pela nova diretoria neste início de gestão. E o primeiro mandamento é cortar os altos gastos e fazer ajustes financeiros na folha salarial de futebol e outros esportes. Com a ordem, o grupo do presidente Eduardo Bandeira de Mello se desfaz justamente dos principais atletas ligados a Patricia Amorim, ex-mandatária e principal alvo de ataques e questionamentos da diretoria atual.

Primeiro da "barca" da ex-presidente, o nadador César Cielo foi informado que não teria seu contrato por conta do alto valor de seu salário - cerca de R$ 90 mil. Em seguida, no último sábado, foi a vez de Vagner Love, amigo particular de Amorim, deixar o Flamengo. O clube informou ao CSKA, da Rússia, que não teria como pagar as dívidas referentes à compra do jogador e o liberou para o futebol europeu.

Oficialmente, a diretoria afirma que as saídas em nada tem a ver com as opções políticas dos atletas e se deram única e exclusivamente pelos ajustes financeiros. Mas os cortes não param e devem atingir, em um futuro não muito distante, outros jogadores com amizades e imagens vinculadas a Patricia.

O volante Ibson é o próximo da lista. Assim como Vagner Love, o camisa 7 foi informado pelos dirigentes que representa um custo muito alto e que poderia procurar um novo clube. O fato não agradou aquele que foi contratado pela ex-presidente como grande reforço da janela de meio de ano de 2012.

Na ocasião, Ibson e seu pai, Lais, exaltaram a presidente inúmeras vezes, agradeceram o contrato firmado - questionado pela atual diretoria - e a possibilidade de voltar ao futebol do Flamengo. O retorno, porém, não deverá durar muito com a diretoria de Eduardo Bandeira de Mello.

Outro com as horas contadas é Liedson. Mesmo sem grande ligação com Patricia Amorim, o atacante foi um dos símbolos da antiga gestão em 2012. Após deixar o Corinthians, o grupo da ex-dirigente resolveu apostar no jogador, mesmo com seguidas lesões e a idade avançada, e o "presenteou" com um bom contrato, novamente questionado pelo comando atual.

Independente de opções políticas, fato é que a diretoria de Eduardo Bandeira de Mello não se preocupa apenas em dispensar os "aliados" de Patricia Amorim, mas principalmente em acabar com a política de salários milionários para atletas que nem sempre correspondem dentro dos campos.