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Herói da Copa BR descarta mágoa com Palmeiras e reclama de queixas da torcida sobre baladas

Betinho viveu uma temporada de ?amor e ódio? com o Palmeiras em 2012 - EDUARDO MARTINS/AGÊNCIA A TARDE/ESTADÃO CONTEÚDO
Betinho viveu uma temporada de ?amor e ódio? com o Palmeiras em 2012 Imagem: EDUARDO MARTINS/AGÊNCIA A TARDE/ESTADÃO CONTEÚDO

Renan Prates

Do UOL, em São Paulo

17/01/2013 06h00

Betinho viveu uma temporada de ‘amor e ódio’ com o Palmeiras em 2012. Apesar de marcar o gol do título da Copa do Brasil, ele amargou a reserva e teve que lidar com queixas da principal torcida organizada de suas supostas baladas, algo que o jogador fez questão de se defender. Em entrevista ao UOL Esporte, o atacante disse não ter mágoas do clube que o dispensou neste ano.

BETINHO AINDA SEM CLUBE PARA 2013

  • HEULER ANDREY/AE/AE

    Betinho revelou ao UOL Esporte que ainda não acertou aonde irá jogar neste ano. Ele, que está em Recife, negocia com clubes do futebol asiático, além da Série A e da Série B do Brasileirão. “Estou aguardando ainda. Minha preferência é ficar no Brasil. Se não chegar proposta legal de fora vou ficar no Brasil, pois está chegando a Copa do Mundo e vou ter mais visibilidade”.

“É complicado falar assim [mágoa]. A gente sempre esperava que pudesse ter ficado, mas acontece. Vida que segue. A gente entende e fica na torcida, pois foi um clube que me abriu as portas para o cenário nacional”.

Betinho fez um bom Paulistão pelo São Caetano e foi indicado pelo técnico Luiz Felipe Scolari, hoje na seleção brasileira, mas que comandava o Palmeiras na época, para defender as cores do clube alviverde. Ele chegou com um contrato de três meses, ciente de que seria o maior desafio”.

"É um contrato curto, mas é o desafio da minha vida. Estou tranquilo, porque são três meses pra eu provar meu potencial. Espero que isso ocorra durante esse tempo. Nos jogos, as coisas vão sair naturalmente”, declarou o jogador no dia 18 de maio, quando se apresentou. 

Seu nome ficou eternizado na história do Palmeiras ao marcar o gol de empate contra o Coritiba na segunda final da Copa do Brasil, tento de cabeça que calou a torcida paranaense e selou um título de expressão nacional para o Verdão após doze anos de jejum. De desconhecido, Betinho virou estrela instantânea, passando a ser reverenciado pelos palmeirenses. “Foi muito gratificante, muita festa. Tenho só lembranças boas desse momento muito feliz”, relembrou.

Mas a lua de mel de Betinho com a torcida do Palmeiras não durou muito tempo. Apesar de ter feito um importante gol na vitória contra o Bahia na luta contra o rebaixamento do Brasileirão, o atacante não conseguiu ter sequência, sofreu com lesões e com as acusações da Mancha Verde, principal organizada do clube, de que integrava a lista dos baladeiros.

Segundo reportagem do UOL Esporte, por volta das 12h de um domingo do dia 14 de outubro do ano passado, cerca de 25 torcedores organizados invadiram o saguão do hotel onde estava a delegação do Palmeiras em Recife, concentrada para a partida contra o Naútico pelo Brasileirão, e foram recepcionados pelo técnico Gilson Kleina e o gerente de futebol, Cesar Sampaio.

No bate-papo, os palmeirenses pediram a cabeça de Thiago Heleno, Leandro Amaro, Betinho e Maikon Leite. Segundo eles, os atletas eram baladeiros e não conseguiam parar de ingerir bebidas alcoólicas. Os torcedores da Mancha, aliás, tinham uma suposta lista com dias e horários que cada um havia ido a casas noturnas.

Betinho negou que abusou das baladas no período que esteve no Palmeiras e ainda aproveitou a oportunidade para reclamar dos boatos infundados que na sua visão tumultuam o dia a dia do time alviverde.

“A gente sabe que muita gente fala muita coisa que não é verdade. Falavam que eu estava na balada quando a esposa e minha filha estavam comigo na minha casa. Muita gente fala o que quer”, reclamou.

“Fica chegando notícia de que jogador foi para balada ou fica fingindo contusão quando nada disso era verdade, aí fica difícil. Mas eles vão blindar o elenco para que essas coisas não aconteçam nesse ano”.