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COF aponta loucura de Tirone em contratação de Riquelme e promete punição

Arnaldo Tirone bate de frente com o Conselho de Orientação e Fiscalização - Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Arnaldo Tirone bate de frente com o Conselho de Orientação e Fiscalização Imagem: Moacyr Lopes Junior/Folhapress

David Abramvezt

Do UOL, em São Paulo

17/01/2013 17h51

O Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras fez questão de mostrar a sua irritação com a viagem do presidente Arnaldo Tirone nesta quinta-feira para Buenos Aires, na Argentina. Caso o dirigente feche a contratação de Riquelme, o COF garante que ele será punido.
 
"Ele está desesperado com o fim do seu mandato, na próxima segunda-feira, e quer tentar realizar algo que não realizou durante todo a sua gestão. Até agora, nós não podemos caracterizar a possível contratação do Riquelme como um afronta ao COF. Mas se houver negócio, nós vamos fazer uma reunião e decidir uma punição que o Tirone possa ter em relação aos valores", afirmou o presidente do COF, Alberto Strufaldi, ao UOL Esporte.
 
Mesmo sem o aval do órgão que controla os gastos do clube e perto de encerrar o seu mandato, Arnaldo Tirone foi para a capital argentina tentar uma última cartada pelo experiente argentino. A oferta de salarial de cerca de R$ 400 mil foi levada ao COF e reprovada pelo órgão, pois ela é bem acima do teto permitido pela cúpula de fiscalização.
 
 
"Talvez ele ainda tenha aumentado a oferta sem nos consultar novamente. Seria mais um erro dele, pois o COF teria que analisar a despesa antes de se fechar o negócio, e isso não deverá acontecer", comentou Alberto Strufaldi.
 
Em relação ao tipo de punição que Tirone poderá sofrer, o presidente do COF preferiu não fazer nenhuma previsão: "Isso vai depender do nosso departamento jurídico, pois nunca teve algo parecido no clube. Vamos esperar, mas eu tenho certeza de que não será algo que ele gostará."
 
De acordo com Strufaldi, é consenso dentre os 15 membros do COF que Riquelme não é mais aquele craque que brilhava no Boca Juniors. "Eu imagino que seria um jogador de alto risco. O Palmeiras não está em condição de apostar em alto risco. Esse time tem que montado para disputar a Série B do Brasileiro, mesmo que não possa esquecer a Libertadores", completou ele.