Copa Africana de Nações tem Kidiaba, Drogba e apelidos engraçados; França é a mais desfalcada

Começa neste sábado a Copa Africana de Nações 2013, com sede na África do Sul. Será a 29ª edição do torneio, que tem a Zâmbia como última campeã, em 2012, e o Egito como maior vencedor, com sete taças. Quem levar a taça vai ganhar o direito de integrar a Copa das Confederações 2013, no Brasil, entrando no grupo de Espanha, Uruguai e Taiti. A competição vai de 19 de janeiro a 10 de fevereiro.

Entre os nomes conhecidos que vão disputar o torneio, o de maior destaque é o do artilheiro Didier Drogba, ex-Chelsea e atualmente no Shanghai Shenhua (China), pela Costa do Marfim, atual vice-campeã. O goleiro Muteba Kidiaba, algoz do Internacional com o Mazembe no Mundial de Clubes da Fifa 2010, também vai jogar pela República Democrática do Congo.

Além deles, outros jogadores de destaque são os atacante Emmanuel Adebayor, do Tottenham (Inglaterra), que vai atuar pela seleção do Togo, e Victor Moses, do Chelsea (Inglaterra), responsável pelo chute que terminou na maior defesa do goleiro Cássio, do Corinthians, na final do Mundial de Clubes 2012. Ele joga pela Nigéria.

Com elenco recheado de estrelas que jogam em grandes clubes europeus, como o volante Yaya Touré, do Manchester City (Inglaterra) - além do craque Drogba-, a Costa do Marfim aparece como grande favorita ao título. Gana, Nigéria, Zâmbia e a anfitriã África do Sul também aparecem como as seleções mais cotadas para levantar a taça.

Tradicional força do continente, a seleção de Camarões, do atacante Samuel Eto'o, nem se classificou, mesmo caso do Egito, equipe que mais vezes conquistou a Copa Africana de Nações. O país do norte africano vive enorme crise política, o que acabou refletindo no futebol da seleção do país, apesar do Ah Ahly ter sido o último campeão da Liga dos Campeões da África.

O torneio tem quatro grupos de quatro times. Na primeira fase, todos se enfrentam e os dois melhores de cada chave se classificam para as quartas de final. Depois, a competição segue em sistema mata-mata até a grande final, em 10 de fevereiro, no Soccer City (estádio da final da Copa do Mundo 2010), em Johannesburgo.

França é o país mais desfalcado

Nos últimos anos, a Copa Africana de Nações tornou-se um tormento para os técnicos de clubes europeus, devido ao grande número de desfalques causados em pleno mês de janeiro. Nesta edição, os clubes franceses serão os mais afetados: 54 convocados por diversas seleções atuam no país, o que dá 14,67% do total de jogadores que vão disputar o torneio continental.

Só na seleção do Mali, por exemplo, 14 dos 23 convocados atuam na França, com destaque para o volante Mohamed Sissoko, do Paris Saint-Germain. No Togo, oito atletas atuam em território francês.

Inglaterra, Portugal, Espanha e Bélgica também estão entre os países que terão mais clubes desfalcados durante a CAN, que teve 368 atletas convocados no total. 18 jogadores (ou 4,89%) vêm de clubes ingleses, desde equipes da Premier League, como Manchester City e Chelsea, até da terceira divisão, como o Oldham Athletic. 4.35% vêm de equipes portuguesas, 3.68% de espanholas e 3.26% de belgas.

Outras nações europeias, como Alemanha, Itália, Holanda, Chipre, Bulgária, Grécia, Turquia, Israel, Noruega, Suécia, Rússia, Escócia, Ucrânia, Moldávia, Polônia, Luxemburgo e até Liechtenstein também perderão atletas para as seleções da CAN.

Curiosamente, um clube brasileiro terá um jogador para a competição: o Paraná clube, que cederá o meia-atacante Geraldo à seleção de Angola.