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Sede de emergência da CAN, África do Sul quer reaproveitar legado e "elefantes brancos" da Copa-2010

Estádio Soccer City recebeu a final da Copa do Mundo de 2010 entre Espanha e Holanda  - Yasuyoshi Chiba/AFP
Estádio Soccer City recebeu a final da Copa do Mundo de 2010 entre Espanha e Holanda Imagem: Yasuyoshi Chiba/AFP

Do UOL, em São Paulo

18/01/2013 06h01

A Copa Africana de Nações 2013 estava marcada para acontecer na Líbia, mas, devido à revolução que derrubou o ditador Muammar Kadafi, teve que mudar de sede. O novo local escolhido foi a África do Sul, que já tinha estrutura montada para receber a competição. Afinal de contas, a Copa do Mundo no país aconteceu a apenas dois anos e meio.

Será a primeira chance para o país usar a estrutura que ficou do Mundial 2010. Cinco das dez sedes da Copa receberão jogos da CAN: Johannesburgo (estádio Soccer City), Durban (estádio Moses Mabhida), Porto Elizabeth (estádio Nelson Mandela Bay), Nelspruit (estádio Mbombela) e Rustenburgo (estádio Royal Bafokeng).

Campos monumentais, como o Cape Town Stadium, na Cidade do Cabo, e o Peter Mokaba, em Polokwane, ficaram de fora, já que a Copa Africana de Nações tem apenas 16 seleções – ou seja, metade dos times envolvidos em uma Copa do Mundo da Fifa.

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O evento aparece como primeira chance da África do Sul utilizar a estrutura esportiva que ficou como legado do Mundial de 2010. Como era temido, diversos estádios construídos para a Copa viraram “elefantes brancos”, como o Soccer City, já que o futebol não é o esporte mais popular do país – rúgbi e críquete lideram com folga.

No monstruoso Soccer City, por exemplo, boa parte dos 84.490 lugares do estádio ficou vazia nos últimos dois anos e meio, após ser sede da final da Copa entre Espanha e Holanda. Foram realizados eventos dos mais diversos tipos, de shows a casamentos comunitários, para ocupar o local, mas o “elefante branco” provou-se pesado demais.

Fikile Mbalula, ministro do Esporte da África do Sul, prevê estádios cheios durante a Copa Africana de Nações, especialmente nas partidas da seleção anfitriã.

“Mobilizar sul-africanos para um evento esportivo não é difícil. Diga ao povo o dia e horário do jogo, além do lugar onde podem comprar os ingressos, e eles vão comparecer”, disse o político, na coletiva de imprensa que marcou a “largada” da Copa Africana de Nações 2013.

Jornais locais, porém, criticaram muito o sistema on-line de venda de ingressos para a CAN e também a falta de investimento em propaganda às vésperas do torneio. Segundo o ministro do Esporte, porém, todos os problemas foram resolvidos a tempo. Ele também assegurou que o torneio vai criar ao menos 10 mil empregos temporários, principalmente na área do turismo.