Felipe volta ao Flu após 7 anos, encara desconfiança e tem chance de apagar polêmicas

O primeiro atrito do armador nas Laranjeiras aconteceu pouco antes de sua saída do clube. Na época, o presidente da Unimed, Celso Barros, negociava a chegada de Petkovic. O sérvio pediu a camisa 10 e Felipe, que num primeiro momento afirmou que cederia, voltou atrás. Um contrato de patrocínio para uma campanha da Nike criou o entrave, que foi resolvido mais tarde, com o número sendo dado a Petkovic.

Uma agressão fez com que Felipe disputasse apenas 19 partidas em sua primeira passagem pelo Fluminense. Em jogo contra o Campinense, pela primeira fase da Copa do Brasil, o meia deu um soco no jogador Marcos Mendes e foi denunciado pelo STJD. A punição de 180 dias (cumpriu 120) atrapalhou o armador, que tinha tido um bom começo nas Laranjeiras. A pena também criou um clima de insatisfação dentro do clube.

Após desgastes por conta de sua suspensão e uma lesão que o deixou fora dos gramados por dois meses, a gota d'água veio com a ausência em treinamento. O armador faltou uma vez e foi multado com parte do salário de R$ 210 mil. Na segunda ausência, a diretoria perdeu a paciência e optou pela rescisão com o jogador. A decisão de demitir Felipe, porém, irritou o treinador Abel Braga, que contava com o atleta para a sequência do Brasileirão.

O afastamento pelo STJD durante quatro meses não foi a única ausência de Felipe. Ele sofreu com lesões musculares e ficou dois meses afastado. Na saída, disparou contra o trabalho do preparador físico Cristiano Nunes, que reencontrará no clube na segunda passagem. As críticas ao trabalho do profissional inclusive foram apontadas pela diretoria como um dos motivos pela rescisão com Felipe em 2005.

Os problemas disciplinares de Felipe vinham sendo 'segurados' por Abel Braga e Celso Barros durante sua primeira passagem. Mas após faltas aos treinamentos e críticas ao preparador Cristiano Nunes, o meia acabou discutindo asperamente com o então presidente Roberto Horcades. Na confusão ele disse que a diretoria "podia rescindir o contrato se quisesse”. Foi justamente essa a medida tomada pela diretoria contra o armador.