Tirone não decide se anuncia Riquelme ou deixa para o seu sucessor
Muitas vezes confuso ao longo do seu mandato de dois anos como presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone está dando adeus ao cargo máximo do clube bem ao seu estilo. O dirigente já mudou de ideia várias vezes e ainda não decidiu se vai fazer de tudo para anunciar a contratação de Riquelme antes das eleições presidenciais, na próxima segunda-feira, ou se ele deixará tudo alinhavado e caberá ao novo presidente, Paulo Nobre ou Décio Perin, bater o martelo.
Tirone viajou na última quinta-feira para Buenos Aires, capital da Argentina, e negociou pessoalmente com o meia argentino e o agente dele, Daniel Bolotnicoff. Na mesa, o mandatário alviverde colocou uma proposta de salário de R$ 450 mil mensais e um contrato de um ano, com possibilidade de renovação por mais duas temporadas. De volta à São Paulo, o cartola mostrou otimismo e deixou no ar se ele teria tempo hábil para oficializar o acordo, caso ele realmente aconteça.
"Está 50% fechado com o Riquelme. Não deve dar tempo de concluir até segunda-feira, mas o importante é que ele quer jogar no Palmeiras e levar o time de novo para a Série A", afirmou Tirone à rádio Transamérica.
MOVIMENTAÇÕES DO MERCADO DA BOLA
Neste meio-tempo, o presidente palmeirense comunicou os dois candidatos nas eleições para substituí-lo que iria deixar tudo pronto para lhes conceder o direito da palavra final. Décio Perin, que já havia dito que precisaria pensar antes de decidir qualquer coisa, não foi localizado nesta sexta-feira. Já Paulo Nobre confirmou o contato de Tirone e disse que gostaria de contar com Riquelme, mas antes vai ler as condições do contrato.
"O Tirone me disse que iria alinhavar a contratação e pedir alguns dias para o jogador, até que o próximo presidente assuma o caro. Caso seja eleito, eu vou analisar tudo para ver se concordo", disse Nobre, ao UOL Esporte. "Várias coisas precisam ser analisadas. Ele está em boas condições físicas? Ele está motivado? Quer fazer um contrato bom só para ganhar dinheiro e encerrar a carreira? Quero saber antes de fechar se isso será pago com dinheiro próprio, marketing ou uma parceria", completou o candidato.
Só que, no fim da tarde de sexta-feira, Arnaldo Tirone mudou o seu posicionamento e deixou claro que pode optar por ganhar todos os méritos de um eventual acerto com o experiente jogador de 34 anos.
"O meu desejo é continuar trabalhando pelo clube. Não posso ficar de braços cruzados só ouvindo os dois candidatos. Claro que vou esperar, mas o presidente até segunda-feira sou eu. Estou trabalhando pelo Palmeiras, que precisa qualificar o elenco. Estou cumprindo com meu papel de presidente de clube de futebol, não de clube social", falou Tirone à rádio Jovem Pan.
Neste sábado, o presidente deve reunir a alta cúpula palmeirense e comunicar qual será a sua decisão final. Enquanto isso, os advogados de Riquelme vão analisar o contrato deixado por Tirone na Argentina. Caso as duas partes cheguem a um denominador comum, Riquelme poderá ser anunciado ainda neste fim de semana. Isso, se Tirone não mudar de ideia mais uma vez.
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