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Com a bandeira da profissionalização, Nobre e Décio disputam presidência do Palmeiras

Décio Perin, candidato à presidência do Palmeiras, já iniciou contatos com profissionais - Danilo Lavieri/UOL Esporte
Décio Perin, candidato à presidência do Palmeiras, já iniciou contatos com profissionais Imagem: Danilo Lavieri/UOL Esporte

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

21/01/2013 06h01

O futuro do Palmeiras estará em jogo nesta segunda-feira. Os conselheiros, pela última vez na história após a mudança estatutária, escolherão o presidente do clube pelos próximos dois anos. Paulo Nobre e Décio Perin disputam voto a voto a responsabilidade de assumir um time fragilizado, necessitado de contratações e ainda de conduzir o time durante o centenário e na inauguração da Nova Arena.

São quase 300 eleitores, que devem quase que se dividir entre os dois lados. A semelhança entre os dois é a base da campanha, que prega profissionalismo. Os dois querem trazer nomes de mercado para conduzir o futebol, o administrativo, o marketing e o jurídico. Mas as igualdades param aí.

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Paulo Nobre é mais jovem, solteiro, administra uma empresa que mexe com ações na bolsa de valores e tem como hobby correr de rali. Ele tem o apoio do criticado Mustafá Contursi e já disputou a última eleição, quando foi derrotado justamente por Arnaldo Tirone. Seus correligionários trabalham com uma confiança exacerbada. Alguns falam até em 170 votos garantidos.

Do outro lado, o também confiante, mas com menos ênfase, Décio Perin acredita que vencerá o pleito por uma diferença de no máximo dez votos. Casado, com 72 anos, tem ampla experiência no setor de marketing, onde já trabalhou em quatro diferentes empresas neste setor. Ele é formado em administração, economia e tem cursos nos Estados Unidos. Sua experiência administrativa, aliás, é o trunfo usado por seus parceiros para a campanha.

A base da campanha de Décio tem o apoio do também ex-presidente Affonso Della Monica, além de outros importantes nomes da política palmeirense, como Luiz Gonzaga Belluzzo e Wlademir Pescarmona, líderes da UVB (União Verde e Branco).

Além da eleição para presidente, os conselheiros vão eleger quatro vice-presidentes e 15 cofistas. Décio Perin escolheu Rita Consentino, Celso Belini, João Gavioli e Rubens Reis. Paulo Nobre chamou Mauricio Precivalle, Genaro Marino, Antônio Jesse Ribeiro e Victor Fruges.

Paulo Nobre afirma que não apoia ninguém ao COF, mas os mustafistas, como Gilto Avallone e Antônio Joevá, afirmam que receberão votos de seus eleitores. Já Décio Perin escolheu a maioria vinda de Affonso Della Monica e da UVB e listou os 15 de sua preferência.

O UOL Esporte entrevistou Paulo Nobre em vídeo e Décio Perin preferiu não gravar. Apesar disso, o leitor pode ver um pouco mais de suas ideias nesta entrevista.