Wagner diz que cogitou operação e revela 'hora extra' no Flu para curar pubalgia

Os dois gols marcados no último domingo, na vitória por 2 a 0 sobre o Nova Iguaçu, foram importantes para o meia Wagner, do Fluminense. Mas o principal para o camisa 19 estava no próprio corpo. Após 75 dias afastado por conta de uma pubalgia, ele correu, cabeceou e mostrou que as dores são coisa do passado. Mas o problema, segundo o próprio Wagner, quase precisou ser resolvido com uma intervenção cirúrgica, ainda na temporada passada.

"Eu cheguei a pensar [em cirurgia], pois a dor que eu sentia era tão forte. Vi que vários companheiros estavam sendo operados por esse problema durante o Brasileiro. Mas os doutores do Fluminense me disseram que a inflamação estava no início e que não havia necessidade de operar. Fiquei tranquilo e segui a linha de tratamento que me passaram, com muito exercício e descansando bastante também", disse Wagner.

Foram pouco mais de 26 minutos, mas o suficiente para que o camisa 19 anotasse dois gols, mais que havia marcado durante toda temporada passada. Na pré-temporada, Wagner foi poupado de vários coletivos, sendo preparado para voltar sem dores. O trabalho, porém, envolve uma cansativa rotina de exercícios e muita hora extra. Enquanto muitos jogadores passam cerca de três horas nos treinos, o armador fica mais duas na fisioterapia.

"É uma dor forte e uma contusão que requer muito cuidado. Todo dia chego duas horas antes do treinamento para fortalecer a região com exercícios. É uma inflamação que pode voltar, então fico fazendo muito fortalecimento para que nunca mais incomode, mas estou bem. Acho que esse ano vai ser maravilhoso para o Fluminense e pensando individualmente também", completou o meia Tricolor.

Apesar do bom desempenho na primeira rodada, Wagner deve ser novamente preservado para o segundo tempo na próxima quinta-feira, contra o Olaria. O técnico Abel Braga já havia definido com o jogador que ele seria utilizado aos poucos. A preocupação também é maior por conta da lesão de Deco, que pode desfalcar a equipe na Copa Libertadores.

"A gente está tendo cautela por conta da contusão do ano passado. Eu jogaria 90 minutos, mas creio que ele [Abel Braga] vai querer dar uma segurada. Está no planejamento e é para o meu bem, também. Se precisar atuar 90 minutos vou estar preparado, se for só para 45, vou estar também. Quero pegar ritmo no Carioca para chegar 'voando baixo' na Libertadores", encerrou.