Pai de zagueiro peruano acusado de falsidade ideológica diz que filho tem dupla nacionalidade
Acusado de falsidade ideológica, o zagueiro Max Barrios, da seleção sub-20 do Peru, tem nacionalidades peruana e equatoriana, segundo seu pai. Ángel Barrios afirmou que o filho nasceu na província equatoriana de Esmeraldas, em 1995, e portanto tem passaporte dos dois países. Nesta terça-feira, a FEF (Federação Equatoriana de Futebol) acusou o atleta de ter adulterado seu local de nascimento e idade.
Em entrevista a uma rádio de Lima, o pai de Max Barrios (que também foi jogador de futebol, atuando pelo Sporting Cristal) contou que trabalhava no Equador, mas retornou ao Peru quando o filho tinha seis anos e o nacionalizou peruano. Ele também revelou que o jovem atleta está muito chateado com o caso, mas não disse nada sobre a suposta alteração nos documentos.
"Ele está mortificado. Chora o tempo todo e pensa até em jogar a toalha e desistir de ser jogador", afirmou Ángels Barrios. O gerenge da FPF (Federação Peruana de Futebol) anunciou que Max será convocado imediatamente para ir a Lima e iniciar uma investigação sobre a suposta falsificação de documentos.
De acordo com a denúncia da FEF, Max na verdade seria equatoriano e se chamaria Juan Carlos Espinosa Mercado, além de ter 25 anos. O alerta foi feito por um atleta da seleção do Equador durante a partida contra o Peru, na última quarta-feira, válida pela fase de grupos do torneio, disputado na Argentina.
"Durante o jogo entre Equador e Peru, pelo Sul-Americano sub-20 na Argentina, um dos nossos atletas identificou o jogador, por isso imediatamente foi feita a denúncia", detalhou Victor Mestanza, chefe de imprensa da entidade.
Diante do fato, dirigentes da Conmebol pediram à FEF que formalizasse a denúncia, o que foi feito imediatamente, garantiu o porta-voz.
Segundo Mestanza, o atleta tem registro na federação equatoriana como Espinoza Mercado e nasceu em 1987 na cidade equatoriana de Machala. Mercado teria jogado nas categorias de base da Liga de Loja de 2004 a 2007, e sua última atuação teria acontecido em 2010, já no time profissional.
No Sul-Americano, ele já fez algumas partidas como titular do Peru, mas não pôde entrar em campo contra o Brasil por estar suspenso.
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