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Repatriados de 'mercados alternativos', Diego Souza e Paulão revelam problemas no exterior

Diego Souza passou 'aperto' na Arábia Saudita e sentiu saudades do "calor do Brasil" Imagem: Washington Alves/Vipcomm

Gabriel Duarte

Do UOL, em Belo Horizonte

26/01/2013 06h00

O Cruzeiro repatriou jogadores que estavam em mercados alternativos no futebol mundial. Diego Souza veio da Arábia Saudita, enquanto o zagueiro Paulão estava na China. O meia passou seis meses no exterior e diz ter ficado com saudades das praias brasileiras e também do “calor” dos torcedores. Já o novo defensor celeste admite dificuldades com a culinária oriental e com a língua do país que atuava. Ele conta que chegou a comer escorpião e cobra.

Os dois jogadores integram o grupo dos 13 contratados pelo Cruzeiro para esta temporada. Mas são os únicos que retornam do estrangeiro. O meia Diego Souza ficou pouco menos de seis meses no Al-Ittihad, da Arábia Saudita.

Contratado por um mercado emergente, o jogador conviveu com atrasos de salários, que duraram três meses, e também com situação problemática. O time árabe chegou a reter o passaporte do brasileiro, que pedia a rescisão do contrato.

Depois da negativa, Diego Souza pediu apoio de advogados e também do Itamaraty para conseguir rescindir contrato e, posteriormente, acertou por três anos com o Cruzeiro, o que foi confirmado em novembro. Porém, o jogador disse que esse não foi o problema maior.

“Minha maior saudade era do calor do Brasil, das praias, e também dos torcedores é calor, saudade, jogar os estaduais, o Brasileiro, e também os clássicos com estádio cheio e com o apoio do torcedor. Essa era a minha principal saudade”, disse Diego Souza.

O zagueiro Paulão não passou pelas mesmas dificuldades que o companheiro, mas também teve problemas no futebol chinês, onde defendeu por duas temporadas o Guangzhou Evergrande. A culinária e o idioma no país mais populoso do mundo foram entraves para a adaptação.

O jogador conta que, na concentração, chegou a ficar com fome por não conseguir se adaptar à comida típica dos chineses. “O mais difícil foi ter que comer a comida chinesa completa. Tive que comer cobra, escorpião, pato e outras comidas deles. Na concentração, comia apenas o essencial, mas às vezes ia com fome para o quarto”, contou o jogador.

Paulão ainda tem os direitos econômicos presos ao clube chinês, o mesmo do argentino Conca. O Cruzeiro conseguiu empréstimo de uma temporada com o atleta, que disse também não ter conseguido aprender a falar o idioma oficial do país.

“Não sabia falar muita coisa, só sei falar o básico. É difícil mandarim, tem o cantonês também. Mas ambos são difíceis. Você acaba aprendendo a cultura, aprende coisas que você nunca imaginava daqueles países. Mas passa situações difíceis”, disse o zagueiro.

“Estava com saudade do Brasil e das pessoas. Mas também da comida daqui. Sou baiano, mas a comida mineira se parece muito com a comida baiana. Então, vai ser bom ficar aqui”, completou Paulão.

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