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Ídolo e amigo de Nobre, Evair aconselha cartola e vê Palmeiras atual pior que na era pré-Parmalat

Evair tornou-se o maior ídolo de Nobre pela atuação na época do Palmeiras-Parmalat - Fernando Santos/Folha Imagem
Evair tornou-se o maior ídolo de Nobre pela atuação na época do Palmeiras-Parmalat Imagem: Fernando Santos/Folha Imagem

João Henrique Marques

Do UOL, em São Paulo

30/01/2013 06h00

O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, tem Evair como seu maior ídolo no futebol. O ex-atacante virou amigo do novo homem forte do Palmeiras após a aposentadoria. Encontros passaram a ser frequentes, e, consequentemente, conversas sobre o clube também.  Evair é um dos símbolos da “ressurreição” do alviverde na década de 90, e avalia que a tarefa do amigo mandatário é ainda mais complicada.

“Converso com ele (Paulo Nobre) sobre o Palmeiras, e ainda não tive o prazer de falar com ele agora que é presidente. Só que nos reunimos algumas vezes enquanto candidato, e dizia o que penso sobre como tem que ser a condução do trabalho, principalmente o tratamento com os jogadores.  O momento é ruim, ainda pior do que o vivíamos [antes] da entrada da Parmalat (1992)”, disse Evair em entrevista ao UOL Esporte.

A amizade com Nobre nasceu por meio de amigos em comum. Evair foi convidado para ir ao sítio do presidente na Granja Viana, em Cotia, região metropolitana de São Paulo. Lá percebeu o quanto era ídolo do anfitrião ao ver um pôster com sua imagem com a camisa do Palmeiras em 1993. A data é marcante, pois representou o fim de um  jejum de 16 anos sem títulos .


“Naquele tempo precisávamos de título, mas o ambiente não era tão tenso. Agora a situação é complicada demais por conta da autoestima. Só que eu conheço a maneira de pensar do Nobre, em uma semana já demonstrou que o trabalho será o ideal para o momento”, destacou o ex-atacante.

“É que já deu para perceber como será a forma dele tratar com os jogadores, fazer com que eles entendam o tamanho do Palmeiras. O relacionamento com a imprensa, a transparência para o torcedor, nada mais está ficando escuro. Ele tem jogo de cintura para conduzir a situação”, explicou.

No sítio de Nobre foi que Evair ficou sabendo da ambição do então apenas diretor social em 2003 de ser presidente do Palmeiras. A amizade ganhou força com o passar do tempo, e encontros no local com a presença do ex-jogador são frequentes.

Empossado há pouco mais de uma semana, Nobre não teve tempo de manter o costume de reunir os amigos para um jogo de futebol e churrasco no sítio. 

“Prefiro ficar isento, realmente não dar opiniões neste momento. Quero seguir minha carreira de treinador. Tenho minhas convicções, maneira de pensar, e estou satisfeito em ver o Palmeiras no caminho certo”, disse Evair, com passagens por Crac, Anápolis, Itumbiara e Uberlândia como treinador, mas atualmente à disposição no mercado.

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