Luis Alvaro reassume Santos após 'licença polêmica' e até ameaça de impeachment

Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro reassumiu a presidência do Santos nesta sexta-feira. O dirigente ficou 60 dias afastado por licença médica, que gerou polêmica entre conselheiros e torcedores do clube. Promessas não cumpridas e até um churrasco com conselheiros do Corinthians durante o período de descanso deram início aos rumores de impeachment do dirigente na Vila Belmiro.

Laor, como é chamado, está recuperado de uma infecção pulmonar. No período em que o dirigente ficou afastado, o vice-presidente Odilio Rodrigues e o superintendente de futebol Felipe Faro, acertaram sete reforços para o clube.

Além de fechar a contratação do meia Montillo, que custou mais de 6 milhões de euros ao cofres do Santos, Odilio Rodrigues ainda teve que administrar a pressão da torcida em relação as negociações com o ídolo Robinho.

O vice-presidente chegou a se reunir com integrantes da principal torcida uniformizada do Santos para explicar as dificuldades em contratar o atacante do Milan, da Itália, na época.

Os conselheiros do Santos não escondem a insatisfação com a licença pedida por Luis Alvaro, principalmente pelo fato do dirigente ter comparecido a diversos eventos nesse período.

O mais polêmico foi um churrasco na casa do conselheiro corintiano Fran Papaiordanu, no Guarujá. Os conselheiros não aceitam a cordialidade de Luis Alvaro com o clube de Parque São Jorge. A polêmica, inclusive, começou após o dirigente dizer que torceria pelo Corinthians na final da Copa Libertadores da América, diante do Boca Juniors-ARG.

“Ele está de licença e está representando o clube. Ele não pode fazer isso, isso é uma falha. Ele prometeu muito e não está cumprindo, usou aqueles bordões, é uma questão de credibilidade”, reclamou o conselheiro José Rubens Marino.

A pressão contra Luis Álvaro chegou até as arquibancadas. Na primeira reunião do Conselho Deliberativo do Santos em 2013, torcedores foram ao local para protestar. Além de soltarem fogos, eles estenderam diversas faixas pedindo para o dirigente deixar o clube. Uma faixa acusando o presidente de ser “ladrão” também foi estendida em jogo festivo na Vila Belmiro.