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Rincón se diz perseguido por ser famoso e nega envolvimento com lavagem de dinheiro

Rincón aparece no site de procurados pela Interpol e tem ordem de prisão - Divulgação
Rincón aparece no site de procurados pela Interpol e tem ordem de prisão Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

07/02/2013 09h57

Freddy Rincón figura na lista de procurados pela Interpol, Organização Internacional de Polícia Criminal. Ele recebeu ordem de prisão. O ex-jogador reiterou inocência no processo em que é acusado de lavagem de dinheiro, nega ligação com o traficante Rayo Montaño e argumenta que virou alvo de investigação por ter sido bem sucedido na Colômbia, enriquecendo graças ao futebol.

Indagado por que estaria envolvido em lavagem de dinheiro, o ex-atleta do Palmeiras, Santos e Corinthians declarou:

“A única resposta é porque eu sou o Freddy Rincón. Como vou estar ligado à lavagem de ativos se eu pago tudo com o meu dinheiro e tenho tudo em contrato? Eu tenho ações da empresa como garantia”, respondeu Rincón à colombiana W Rádio.

“Não tenho nada ilegal. Eu ganhei muito dinheiro com o futebol e tinha contratos como garantia de que nada estava errado. Mas é uma condição que eu estou resolvendo”, acrescentou.

Rincón pode ser preso em qualquer um dos 190 países membros da Interpol (Brasil, Colômbia e Panamá integram a lista da polícia internacional). De acordo com o Ministério Público do Panamá, o ex-jogador era sócio do traficante em uma empresa de artigos de pesca do Panamá, a Nautipesca, fechada em uma operação.

Rincón chegou a admitir conhecer Rayo Montaño desde quando era criança e que o reencontrou no Brasil, mas negou qualquer envolvimento com o tráfico de drogas. O ex-jogador assumiu ter investido uma quantia de 200 mil dólares na empresa de pesca do amigo de infância.

A inclusão na lista de procurados da Interpol é tratada com estranheza pelo colombiano, pois afirma que nunca se escondeu e ocupou funções amplamente divulgadas pela mídia. Além disso, Rincón afirma não haver provas para incriminá-lo.

A presença na lista de procurados da Interpol fez com que o América de Cali adiasse o plano de contratar Rincón. Ele chegaria ao clube colombiano para integrar a comissão técnica. A negociação foi interrompida.

“Para que eu vou me esconder? Eu não tenho intenção de fazer algo assim. Eu sou inocente”, reforçou.

O caso ainda está em julgamento no Panamá e a audiência final deverá ocorrer em abril deste.

A investigação refere-se a uma acusação de 2007, quando a polícia do Panamá apontou envolvimento do atleta em esquema de lavagem de dinheiro. Na época, Rincón foi preso em São Paulo, onde residia, acusado de ocultar recursos ilegais vindas de uma organização de tráfico de drogas.