Artilheiro em cinco competições, Neymar 'colabora' com jejum de parceiros no Santos

Desde que começou a brilhar na equipe principal do Santos em 2010, Neymar consegue no mínimo ser artilheiro de uma competição por temporada. Entretanto, a eficiência do craque nas finalizações e a ambição por recordes pessoais “colaboram” para que seus parceiros de ataque sofram com jejum de gols.

Coincidência ou não, formando dupla de ataque com o craque santista, Zé Eduardo, Borges e André tiveram que conviver com a escassez de gols por vários jogos nos últimos dois anos.

André é o caso mais recente. O atacante não marca um gol há 13 jogos, mais precisamente 827 minutos, e perdeu a posição de titular para o argentino Miralles.

Antes de André, o atacante Borges, hoje no Cruzeiro, ficou sem balançar as redes por quatro semanas. O jejum acabou ao marcar um dos gols da vitória do Santos por 3 a 1 sobre o Juan Aurich, pela Copa Libertadores da América de 2011. No ano anterior, o camisa 9 foi artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 23 gols. No entanto, ele atuou pouco com Neymar, bastante convocado para defender a seleção brasileira nesse período.

Zé Eduardo foi o primeiro centroavante a provar a paciência do técnico Muricy Ramalho na Vila Belmiro. Zé Love, como é conhecido, ficou 13 jogos sem balançar as redes no primeiro semestre de 2011, em plena disputa da Libertadores.

Apesar da pressão para tirá-lo da equipe, Muricy “bancou” o jogador como titular. Após exatos 70 dias, Zé Eduardo abriu o marcador no empate do Santos por 3 a 3 contra o Cerro Porteño-PAR, pela semifinal da Libertadores, e ajudou a homologar a vaga santista na final da competição após quase oito anos.

Nesse período, Neymar foi artilheiro da Copa do Brasil de 2010, com onze gols; artilheiro do Sul-americano sub 20 de 2011, com nove gols; vice-artilheiro da Libertadores 2011, com seis gols; artilheiro do Paulistão 2012, com 20 gols, e artilheiro da Libertadores 2012, com oito gols.

Nesta temporada, Muricy reclamou da individualidade de Neymar em alguns setores do campo e cobrou para que ele tocasse mais a bola, e buscasse a infiltração. No clássico contra o São Paulo, o craque santista já teve outra postura e aplicou duas assistências. Já contra o Paulista, no último domingo, o atacante voltou a prender demais a bola, mesmo com o gramado encharcado do Pacaembu.