Topo

Juiz concede liminar e suspende as atividades de três torcidas organizadas de Goiás

Liminar impede que três torcidas organizadas do estado exerçam suas atividades - Weimer Carvalho/VIPCOMM
Liminar impede que três torcidas organizadas do estado exerçam suas atividades Imagem: Weimer Carvalho/VIPCOMM

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/02/2013 14h18

Uma liminar concedida nesta terça-feira pelo juiz Eduardo Tavares dos Reis, da 14ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia, suspende imediatamente as atividades de três torcidas organizadas do estado. Assim, a Força Jovem Goiás, a Esquadrão Vilanovense e a Dragões Atleticanos terão suas organizações paralisadas pelo prazo de cinco anos.

Desta maneira, os membros das torcidas estão impedidos de usar uniformes, faixas, cartazes, bandeiras, instrumentos musicais ou qualquer outro meio que possa servir para identificá-los em estádios de futebol ou reuniões. Somado a isso, também estão proibidas a combinação de cores, adereços ou artifícios que remetam à torcida. A pena para esse caso seria impedir a entrada na praça esportiva e a apreensão do material.

A liminar ainda abrange qualquer ação de torcida organizada vinculada a clubes de outros estados nos dias de partidas de competição nacional, assim como o acesso de torcedores ao Serra Dourada com bandeira, roupas ou instrumentos musicais. Caso isso seja descumprido, Eduardo Tavares estabeleceu uma multa diária no valor de R$ 1 mil.

O juiz também determinou que as polícias Militar, Civil, a Guarda Municipal, a Federação Goiana de Futebol, a Agência Goiana de Esporte e Lazer para que os órgãos façam valer a ordem judicial. As instituições de futebol terão dez dias para que a ordem seja comunicada as federações e agências de esporte dos demais estados.

Eduardo Tavares entende que a decisão é importante para que ocorra a diminuição da violência. Ele observou que no ano passado uma decisão interrompeu as atividades de torcidas organizadas pelo período de 120 dias, entre 20 de abril e 20 de agosto. No período, não houve um incidente ou ocorrência considerada grave relacionadas ao Goiás e Vila Nova.

Por outro lado, quando a proibição foi encerrada, quatro torcedores faleceram no dia 25 de agosto. Além disso, no dia 2 de fevereiro dois foram baleados e um terceiro espancado próximo ao Serra Dourada.

“No meu entendimento, ficou comprovado que a suspensão das atividades das torcidas organizadas foi benéfica à coletividade porque houve redução dos crimes, dando maior relevo ao argumento do Ministério Público e da Polícia Militar que a limitação das atividades reduz a violência”, disse Eduardo Tavares, em entrevista ao site do Tribunal de Justiça de Goiás.