Sorondo desafia joelhos após série de cirurgias e diz que planeja jogar por mais dois anos
Todo dia, quando acorda, Sorondo renova sua perseverança. Aos 32 anos, o zagueiro não desiste de seguir jogando futebol. Com um contrato até junho deste ano junto ao Defensor-URU, o jogador não admite encerrar a carreira por agora. Para ele é possível jogar por mais um ou dois anos. O projeto só não é mais firme pela própria condição.
“Eu penso jogar mais um ou dois anos. Vamos ver se a parte física deixa, se a parte mental deixa”, disse Sorondo ao UOL Esporte. “As minhas aspirações são as mesmas de quando tinha 20, 25 anos. Estou treinando para jogar, não quero jogar uma vez e ficar dois jogos fora”, completou.
A aposentadoria para Gonzalo Sorondo, campeão da Libertadores de 2010 com o Inter, é um assunto mais delicado por seu histórico. Em Porto Alegre o zagueiro sofreu seis lesões. Quatro nos joelhos, uma na clavícula e outra para corrigir uma hérnia inguinal.
No final de 2011, após se recuperar de uma lesão dupla no gramado sintético do estádio Passo D’Areia, ele acertou com o Grêmio. No tricolor a jornada foi relâmpago, com uma nova lesão durante a pré-temporada. Sorondo reviveu o roteiro de cirurgia e parada.
Para se recuperar, voltou ao Uruguai. Voltou ao clube que o revelou inicialmente apenas para retomar a forma. E no meio do caminho, de fato, pensou em encerrar a carreira. A ideia não vingou.
“Eu pensei e depois decidi continuar. Saí do Grêmio e vim me recuperar no Defensor. Fiz todo o tratamento aqui e assinei depois. Cheguei aqui com 10 anos, comecei aqui. Estou em casa, todos me conhecem”, afirmou.
Sorondo tem treinado com o grupo principal, conta com admiração do técnico Tabaré Silva – quem avalizou sua volta ao Defensor, e se prepara para o começo do Torneio Clausura no Uruguai. No domingo o clube violeta visitará o Nacional, no Parque Central.
O campeonato será mais uma prova de perseverança para o zagueiro. Que avisou aos dirigentes do Defensor-URU: só vai assinar um novo contrato se continuar a se sentir apto.
“Quando chegar perto do final vamos conversar. Eu falei que queria assinar por seis, para ver como vou estar. Nunca quis e nunca vou enganar ninguém”, apontou Sorondo.
Futuro empresário
Depois que pendurar as chuteiras, Sorondo pode seguir no futebol. O zagueiro de 1,90m não se imagina como técnico, mas cogita virar empresário. Ou no mínimo fazer parte desta área do esporte.
“Eu tenho negócios já estabelecidos. Não sei exatamente no que vou me dedicar, estou pensando ainda. Ligado ao futebol, claro que pode ser”, disse Sorondo. "Mas não penso em ser treinador. Teria que ser em outra área", acrescentou.
Dos tempos de Inter, um amigo segue sempre na lista das últimas chamadas no celuluar: Guiñazu. O volante que deixou o Beira-Rio e foi para o Libertad-PAR, no começo do ano, fala com Sorondo praticamente toda semana. Lalo, apelido para os íntimos, também fala com D'Alessandro e os antigos fisioterapeutas do Colorado. Do Grêmio a herança foi menor, mas também forte.
"Falo com o Guiñazu toda semana. Falo com o D’Alessandro. Ficou uma boa amizade com os fisioterapeutas do Inter. Com outros funcionários do clube também. No Grêmio eu também tenho contato com alguns profissionais do vestiário. O apoio que recebi de todos, dos dois lados, foi muito bom", relatou.
SORONDO SE DIVIDE NA HORA DO GRE-NAL E PREFERE NÃO 'REMOER' LESÕES
UOL Esporte: Você já encontrou uma explicação para as lesões que sofreu em Porto Alegre? Só em Inter e Grêmio que os problemas apareceram. | Não achei, mas não fico pensando muito nisso também. Não fico pensando nisso todo dia. Aconteceu, já passou. Não fico pensando nos motivos, não adianta pensar nisso. |
UOL Esporte: Com a passagem rápida pelo Grêmio, como você fica às vésperas de um Gre-Nal? Vai acabar torcendo para quem? | Pelo o tempo que fiquei, torço pelo Inter. Mas espero que seja um bom jogo e que todos joguem bem. Não sei se vou torcer, mas a relação com o Inter é muito forte. Não é dizer que quero que o Grêmio perca. Lá eu sempre fui muito bem tratado, a torcida me recebeu muito bem. |
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