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Cruzeiro tem clima ameno em 2013 e atletas falam em 'família Oliveira'

Chegada do técnico Marcelo Oliveira ao Cruzeiro tornou o ambiente mais leve - Washington Alves/Vipcomm
Chegada do técnico Marcelo Oliveira ao Cruzeiro tornou o ambiente mais leve Imagem: Washington Alves/Vipcomm

Gabriel Duarte

Do UOL, em Belo Horizonte

23/03/2013 06h00

Passados dois meses de trabalho no Cruzeiro, agora sob o comando de Marcelo Oliveira, o clube celeste vive clima bem diferente do ano passado, quando era treinado por Celso Roth. O convívio na Toca da Raposa entre comissão técnica, jogadores e funcionários vem sendo mais ameno e a “família Oliveira” já é citada nas falas dos atletas celestes.

O clima não é apenas pelo fato de o Cruzeiro ter iniciado bem a temporada, com cinco vitórias e um empate, e liderar de maneira invicta o Campeonato Mineiro. Mas, o bom começo também ajudou a afastar a “pressão” vivida no segundo semestre do ano passado.

“Hoje, acho que o Cruzeiro vive outra situação, bem diferente da do ano passado. Mudou o grupo, né, um grupo novo, e também não vivemos aquela pressão por bons resultados e a cobrança da torcida, que tinha razão em cobrar”, relembra o volante Leandro Guerreiro, remanescente de 2012.

  • Washington Alves/Vipcomm

    Marcelo comanda a "família Oliveira", como o volante Nilton (ao centro) definie o grupo celeste

O Cruzeiro foi treinado pelo técnico Celso Roth, no último Campeonato Brasileiro. Além de atritos com a diretoria, o ex-treinador também não agradava a funcionários do clube celeste, pela sua forma de tratamento durante a estadia.

“Com o Marcelo é bem diferente, vivemos outra situação. Com o (Celso) Roth, era outra história, não tínhamos liberdade”, observa um funcionário do clube celeste, que pediu para não ser identificado.

Celso Roth tinha o seu “grupo” de pessoas na Toca da Raposa e costumava não se “misturar” com os demais. A passagem do treinador salvou o Cruzeiro do rebaixamento, temido antes do início da competição nacional, mas não deixará saudades para a maioria do clube.

O técnico Marcelo Oliveira tem jeito bem diferente. O treinador é atencioso com funcionários do clube, cumprimenta e conversa com todos. Porém, mantém seu estilo reservado. O treinador chegou sob olhares desconfiados do torcedor, mas minimizou as dúvidas com o bom início no Estadual.

  • Washington Alves/Vipcomm

    Cruzeirenses consideram ambiente no Cruzeiro melhor este ano do que com Roth em 2012

O comportamento dos jogadores também é diferente. No começo da temporada, sorrisos e brincadeiras são mais frequentes no centro de treinamento. Mas a campanha irregular no Brasileiro também “limitava” os atletas de serem mais autênticos.

Entretanto, por causa da boa relação no grupo, a palavra família tem sido constante na fala dos jogadores. “É um grupo muito legal, em que todos conversam bastante e se ajudam. É um grupo novo, mas parece que já se conhece há muito tempo, está parecendo uma família, está sendo muito bom”, comenta o volante Nilton.

“Fui muito bem recebido pelo grupo, por aqueles que já estavam aqui e também por aqueles que chegaram. Estamos em uma família bem bacana, com todo mundo se ajudando e respeitando. Esperamos que esse bom relacionamento possa nos ajudar em campo”, destaca o atacante Dagoberto.

Marcelo aguarda por Borges e confirma volta de Léo, após cinco meses

  • Washington Alves/Vipcomm

    Poupado também do treinamento desta sexta-feira, o atacante Borges passará por uma espécie de “teste” para poder atuar diante da Caldense, neste domingo, às 16h, no Mineirão. O técnico Marcelo Oliveira não vetou o jogador para a partida e confirmou a escalação do zagueiro Léo. “Borges não tem lesão, mas ele teve um incômodo, constatou-se um edemazinho, talvez o descanso possa fazer bem. Vamos sábado fazer um trabalho com ele, e vamos ver se vai jogar. Pode ser que jogue ou não, dependendo do trabalho que ele irá fazer”, afirmou o treinador.

A temporada 2013 marcou a reformulação do grupo celeste. Além de Celso Roth e seus assistentes, o clube celeste fez uma “revolução” no grupo, contatando 14 jogadores e “descartando” outros 19, fora dos planos da diretoria e do técnico Marcelo Oliveira.