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Calejado com atrasos de salário, Deivid investe em negócios seguros fora do futebol

Deivid, aos 33 anos, arma negócio para lucrar quando se aposentar dos campos -  JOKA MADRUGA/FUTURA PRESS
Deivid, aos 33 anos, arma negócio para lucrar quando se aposentar dos campos Imagem: JOKA MADRUGA/FUTURA PRESS

Paulo Passos

Do UOL, em São Paulo

16/04/2013 06h00

Classificação e Jogos

Com dois anos de contrato com o Coritiba para cumprir, Deivid, 33 anos, já planeja a sua aposentadoria. O atacante coloca seu dinheiro em atividades bem longe do futebol. Dono de apartamentos e salas comerciais, o jogador também investe na construção de agências bancárias para alugueis. Ele já aluga imóveis para duas agências da Caixa Econômica Federal na Baixada Santista.

“Sempre planejei, sempre gostei de pensar em investimentos. Nesse caso é algo seguro, que não me dá dor de cabeça”, disse o jogador em entrevista ao UOL Esporte, que na última sexta-feira esteve na inauguração da sua última agência, na Praia Grande.

O contrato com a Caixa é de cinco anos, podendo ser renovado por mais cinco. Com sua empresa, Deivid banca o terreno e a obra de construção do prédio da agência. Depois, aluga para o banco.

“Não tem risco de nesse período eu deixar de receber. Bem diferente do futebol, né?”, conta Deivid.

Durante sua carreira, o atacante jogou e ganhou títulos em clubes como Santos, Corinthians, Flamengo e Fenerbahçe. Em 2012, no Rio de Janeiro viveu um dos momentos mais complicados da carreira, quando o clube chegou a acumular uma dívida com ele de R$ 6 milhões.

“Isso já foi resolvido. A nova diretoria que assumiu pagou tudo certinho”, diz o atacante. 

JOGADOR COMEMORA QUEDA DAS CONCENTRAÇÕES NO CORITIBA
Desde o início do ano, o Coritiba adotou um sistema que é praxe na Europa, mas algo quase inédito no Brasil. Os jogadores do clube não precisam concentrar antes dos jogos. Diferentemente dos outros times que dormem na noite anterior ao jogo em hotéis ou no centro de treinamento do clube, os atletas da equipe paranaense se apresentam apenas no dia dos jogos. “Todo mundo gostou. A gente tem que mudar um pouco essa cultura. Não estar concentrando não quer dizer que o jogador pode sair de noite, tomar cerveja. O grupo entendeu e recebeu bem isso”, comemora o atacante.