Topo

Preso, goleiro de time do Papa admite erro em caso de homicídio

Apesar de admitir erro, Pablo Migliore afirma que já foi penalizado pelo caso  - AP/Victor R. Caivano
Apesar de admitir erro, Pablo Migliore afirma que já foi penalizado pelo caso Imagem: AP/Victor R. Caivano

Da AFP, em Buenos Aires

17/04/2013 17h30

Preso há 17 dias após ter sido acusado de encobrir um homicida, o goleiro Pablo Migliore, do San Lorenzo, time da primeira divisão argentina e que conta com o Papa Francisco como um de seus torcedores, admitiu pela primeira vez o erro na situação. No entanto, o jogador afirmou que já pagou pelo ocorrido.

“Reconheço que me equivoquei, mas já paguei pelo que aconteceu. Paguei muito”, disse o goleiro em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo diário argentino Olé. “Durmo todas as noites abraçado com a Bíblia e acordo na mesma posição. Há dois dias eu não como e estou com o acompanhamento de uma psicóloga.”

O jogador é acusado de acobertar Maximiliano Mazzaro, membro da "barra brava" (grupo de torcedores violentos) do Boca Juniors, acusado de homicídio. Mazzaro é acusado de estar vinculado ao assassinato de Ernesto Cirino, ocorrido em 2011, pelo qual Mauro Martín, o líder da "barra brava" boquense, cumpre prisão preventiva. O atleta do San Lorenzo teria se tornado amigo do acusado durante sua passagem pelo Boca, entre 2005 e 2008.

O goleiro, de 31 anos, foi detido pela primeira vez no fim de março, ao sair do estádio Pedro Bidegain, do San Lorenzo, após a partida da equipe contra o Newell's Old Boys.

Fontes da Justiça local acreditam que o juiz mantém Migliore detido para forçar Mazzaro a se entregar, o que ainda não aconteceu.

“Peço a Deus para sair da prisão. A Câmara de apelações tem que me dizer sim. Meu pai está muito doente e sou eu quem sustenta a família. Tenho três filhos e estou aqui preso como um delinquente que não sou”, disse.