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Dívida de R$ 1,5 mi e cláusula contratual complicam saída de Ibson do Fla

Ibson não esconde a insatisfação com a situação delicada vivida no Flamengo - Alexandre Loureiro/VIPCOMM
Ibson não esconde a insatisfação com a situação delicada vivida no Flamengo Imagem: Alexandre Loureiro/VIPCOMM

Do UOL, no Rio de Janeiro

29/04/2013 06h07

Fora dos planos do técnico Jorginho, o volante Ibson é tratado como um problema difícil de ser solucionado pela diretoria do Flamengo. O contrato “amarrado” e uma dívida superior a R$ 1,5 milhão complicam a negociação do jogador. De mãos atadas, o Rubro-Negro evita falar sobre o assunto e trabalha nos bastidores uma forma de resolver a pendência.

Assim como o zagueiro Alex Silva, Ibson segue treinando normalmente no CT Ninho do Urubu, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e aguarda o desfecho do caso. Ele tem contrato até o meio de 2015 com o Flamengo e um salário considerado elevado pela cúpula de futebol.

A liberação para buscar um novo clube esbarra em oito meses de direitos de imagem atrasados que o Rubro-Negro tem com ele. O montante supera R$ 1,5 milhão. Além disso, caso a diretoria decida rescindir o contrato, terá de arcar com os salários até o vencimento, o que torna inviável a atitude pela situação financeira na Gávea.

Sem saber o que fazer com o jogador, um dos ídolos recentes da torcida, o Flamengo tem reuniões planejadas durante a semana para tentar se aproximar de uma solução. Enquanto isso, Ibson não esconde a insatisfação nos bastidores.

Para o jogador e seus representantes, a diretoria tinha todo o direito de afastá-lo por conta do alto salário, mas deveria deixar isso claro em pronunciamentos e entrevistas, o que não aconteceu. Após ser um dos destaques do time na primeira fase do Campeonato Carioca, o atleta foi barrado com o argumento de que não vinha jogando bem.

O “jogo de empurra” entre diretoria e comissão técnica na hora de resolver a situação também incomoda. Dirigentes e o técnico Jorginho não afinaram o discurso no caso. Sobre o motivo real de sua saída - seu alto salário -, Ibson questionou a opção da diretoria nos bastidores. Em conversa com amigos e pessoas próximas, o jogador lembrava que companheiros que chegaram nesta temporada, como Elias e Carlos Eduardo, tinham vencimentos iguais ou maiores. Mas nada adiantou. Os dirigentes bateram o martelo e definiram o afastamento.

“Não chegou nada oficial ainda sobre o Ibson. Não adianta enrolar e o atleta ficar sem jogar. Basta conversar conosco se encontrar um clube. Vamos tentar ajudá-lo na sequência da carreira”, afirmou Wallim Vasconcelos à Rádio Globo.

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