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Sede do Fla vê fase mal assombrada com morte, incêndio e invasão de gambá

Incêndio que destruiu ginásio de ginástica iniciou fase complicada na sede da Gávea - Fernando Azevedo/Fla Imagem
Incêndio que destruiu ginásio de ginástica iniciou fase complicada na sede da Gávea Imagem: Fernando Azevedo/Fla Imagem

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/05/2013 06h10

O incêndio de grandes proporções que destruiu um ginásio de ginástica no dia 29 de novembro de 2012 marcou uma nova fase do Flamengo e de sua tradicional sede da Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro. Além de ficar na memória como uma das maiores tragédias do local e deixar atletas sem local para treinar, o acidente iniciou um período “mal assombrado” na casa rubro-negra.

Em aproximadamente cinco meses, a sede da Gávea sofreu ainda com a morte de um sócio que jogava tênis, a invasão de gambás na caixa de energia, faltas de luz recorrentes, fechamento da piscina e um novo principio de incêndio.

O primeiro problema após o grande incêndio foi a falta de energia justamente durante a eleição para o Conselho Deliberativo, ainda no dia 13 de dezembro do último ano. O fato se repetiu algumas vezes em 2013, com novas quedas de luz.

Sem culpa direta nos casos, a diretoria do presidente Eduardo Bandeira de Mello esclareceu que os problemas ocorreram exclusivamente por conta de falhas no serviço de fornecimento do bairro. Em outra oportunidade, a troca de um grande transformador fora da sede deixou a Gávea sem luz. O serviço, complexo e demorado, deixou o clube às escuras mais de uma vez.

O fato curioso, porém, ocorreu no último dia 20 de fevereiro. Um gambá, bicho comum nas alamedas da Gávea, invadiu a caixa interna de energia do clube e deixou o clube na penumbra. Um funcionário chegou a ficar preso no elevador enquanto a luz não era restabelecida, e outros foram liberados do expediente.

Também em fevereiro, outro problema assolou a sede rubro-negra. Após detectar um vazamento de aproximadamente sete mil litros de água por dia, deixado pela antiga gestão, a nova diretoria do Flamengo teve que interditar a piscina para evitar as incríveis contas de R$ 500 mil por mês.

Sem previsão de reabertura, o parque aquático segue fechado, enquanto aguarda a captação de recursos para a sua reforma.

EM CAMPO, BOA FASE: FLA VENCE CAMPINENSE E CHEGA À 4º VITÓRIA SEGUIDA

  • De olho na classificação na Copa do Brasil e, principalmente, em um retorno ao Maracanã no jogo de volta, o Flamengo conseguiu um resultado “sob medida” nesta quarta-feira. Com dois gols de falta de Renato Abreu, o time carioca venceu, de virada, o Campinense por 2 a 1, em Campina Grande (PB) não eliminou a necessidade de uma nova partida pela segunda fase da Copa do Brasil e manteve vivo o sonho de voltar à sua casa no confronto marcado para o dia 15 (leia o relato completo do jogo)

No início de abril, ocorreu o caso mais grave da recente fase mal assombrada da Gávea. Um associado de 86 anos faleceu enquanto jogava tênis em uma das quadras do clube. Ele sofreu um infarto, chegou a ser prontamente atendido pelo serviço médico do Flamengo, mas não resistiu.

Procurada para comentar os assuntos, a diretoria do Flamengo lamentou os ocorridos, mas ressaltou que não tem culpa direta em nenhum dos fatos. Além disso, a nova gestão rubro-negra lembrou o esforço para recuperar algumas partes “esquecidas” da sede nas últimas gestões, como piscina e áreas comuns.

Por fim, lembrando o início da fase “negra”, um principio de incêndio atingiu a sauna do clube na última semana. Um problema técnico no aparelho do local causou um curto-circuito e fumaças que causaram pânico e correria.

Um “filme” com a tragédia do dia 29 de novembro de 2012 passou na cabeça dos envolvidos, mas tudo não passou de um susto. Sem feridos, o incidente foi controlado rapidamente pelo Corpo de Bombeiros, chamado ao local imediatamente.

A expectativa agora é que os “filmes” recentes fiquem apenas na memória e não voltem a assustar o Flamengo, principalmente em um período de crescimento do quadro associativo do clube.