Na Roma, Castán diz que acertou ao deixar o Corinthians antes do Mundial
Bruno Thadeu
Do UOL, em São Paulo
15/05/2013 11h00
Leandro Castán deixou o Corinthians logo após conquistar o inédito título da Libertadores, em julho do ano passado. Nem mesmo a possibilidade de disputar o Mundial de Clubes alterou o plano de se transferir para a Roma. Em entrevista ao UOL Esporte, Castán conta que a decisão de ir para a Europa foi muito bem pensada e afirma não ter se arrependido de ter ficado fora do elenco alvinegro que triunfou no Japão.
Ele se diz grato ao Corinthians e orgulhoso por ter ajudado a levar a taça da Libertadores para o Parque São Jorge, mas entende que a oferta italiana era irrecusável.
“Eu recusei propostas no fim de 2011 porque eu queria de todo jeito dar aquele título da Libertadores ao Corinthians. Joguei com coração e alma e consegui a sonhada Libertadores. Saí antes do Mundial ciente de que pude retribuir o enorme carinho da torcida corintiana. A Roma fez uma oferta muito boa e era a chance de eu fazer meu pé de meia. E pesou demais o fato de eu ser contratado como extracomunitário em um time grande da Europa”, declarou.
“As propostas que apareciam para extracomunitário vinham de mercados distantes, como a Rússia e Ucrânia. Não era o que eu pretendia. Mas quando veio essa oferta da Roma, vi que era o momento de encarar nova etapa profissional”, acrescentou.
Na chegada ao clube italiano, em julho de 2012, Castán viu como concorrente o ex-corintiano Marquinhos. Após começo alternando na reserva na Roma, o zagueiro se firmou como titular e se prepara para a final da Copa da Itália diante do arquirrival Lazio.
Nos últimos 10 jogos do time, Castán foi titular em todos, deixando a disputa pela outra vaga na zaga entre Burdisso e Marquinhos. Em alguns jogos a Roma utiliza três zagueiros.
Brasileiros em Roma
Em dez meses de Itália, Castán ainda não se desgarrou dos costumes brasileiros. Seus principais programas fora de campo são passeios em famílias e eventos caseiros com os compatriotas da Roma Dodô e Marquinhos.
“Minha esposa se apaixonou pela Itália. Meus filhos vivem bem. Eu, Marquinhos e Dodô marcamos de cada vez um oferecer a casa para encontros em famílias. Ajuda a matar a saudade do Brasil. Mas em junho eu volto para visitar os amigos no Corinthians”.