Romário vira destaque em imprensa inglesa: "de rebelde para política"
A mudança no perfil de Romário e o seu desempenho como deputado federal renderam destaque na rede britânica BBC, que relatou em seu site a mudança “improvável” deste personagem, que passou de “um jogador rebelde que raramente estava fora de problemas para um político trabalhador que milita pelos direitos dos deficientes”.
Um aspecto confuso, segundo a reportagem produzida pelo correspondente da emissora no Brasil, Tim Vickery, jornalista que constantemente aparece no canal a cabo Sportv, é a diferença entre o atleta que, quando jogador, repetiu por várias vezes que não precisava treinar, para o parlamentar que, apesar de morar 900 km distante de Brasília, é um dos políticos que mais comparece as sessões na Câmara.
O deputado afirmou à BBC que, após anunciar sua aposentadoria do futebol, não pensava em seguir a carreira política. Porém, após o nascimento de sua filha Ivy, portadora da Síndrome de Down, tudo mudou. “Comecei a passar um tempo com pais e amigos de quem tem algum tipo de deficiência e percebi que não havia ninguém na política para lutar pelos direitos dessas pessoas”, disse à reportagem.
Por essa razão, em um encontro com Aldo Rebelo, ministro dos Esportes, presenciado pelo repórter, Romário concentrou a maioria de suas questões no que se referia ao acesso dos deficientes nos estádios da Copa do Mundo de 2014. “Se o Brasil falhar no fácil acesso aos cadeirantes em 2014, não será pela falta de esforço de Romário,” destacou o texto.
Tim Vickery chega a cogitar que o desejo de Romário é deixar sua marca, baseado em um reconhecimento tardio de que ele poderia ter feito ainda sucesso mais dentro dos gramados.
Porém, o jornalista reconhece a seguir que, se é essa a busca do deputado, ele está cumprindo sua meta, já que Romário vem criticando fortemente a organização para a Copa do Mundo no Brasil, lutou pela saída de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e vem pedindo constantemente a renúncia de seu sucessor, José Maria Marin.
Além disso, ele teria dito à BBC que, no momento, não pensa em assumir um cargo na CBF, mas que isso pode acontecer em cinco ou seis anos.
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