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Justiça penhora direitos de Wellington Nem e tenta impedir venda do Flu

Wellington Nem realizou exames médicos e já assinou contrato com o Shakhtar-UCR - Rossana Fraga/Photocamera
Wellington Nem realizou exames médicos e já assinou contrato com o Shakhtar-UCR Imagem: Rossana Fraga/Photocamera

Renan Rodrigues

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/06/2013 14h23

A transferência do atacante Wellington Nem do Fluminense para o Shakthar-UCR pode não acontecer mais. Apesar do time do leste europeu ter anunciado a contratação e do contrato ter sido assinado, o juiz Vladimir Vitovsky, da 9ª Vara de Execuções Fiscais, concedeu nesta sexta-feira a penhora dos direitos federativos e econômicos do atleta. O pedido foi feito pela PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) por conta de uma dívida de R$ 31 milhões contraída entre 2007 e 2010.

O Fluminense, que receberia cerca de R$ 15 milhões pelo acordo, referente a 60% dos direitos econômicos do atacante, irá recorrer da decisão. Na ação protocolada pela procuradora Clarice Bello Bechara, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e a Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) são intimadas a não realizarem a transferência dos documentos. O time das Laranjeiras ainda terá suas operações monitoradas pelo Banco Central para que a quantia não seja depositada na conta do clube.

AÇÃO PEDE A PENHORA DOS DIREITOS DE WELLINGTON NEM

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O processo corre em segredo de justiça e foi remetido para a 10ª Vara. Na ação, a procuradora cobra uma dívida de pouco mais de R$ 24 milhões e intima o clube a apresentar o contrato com o Shakhtar e depositar o valor recebido em juízo sob pena de fraude à execução. Matérias de jornais também foram anexadas para comprovar a veracidade da negociação.

Internamente o clima é de revolta com a PGFN. Em dezembro de 2012, a desembargadora Salete Maccalóz determinou a centralização das execuções na 9ª Vara, em parcelas menores, de R$ 1,127 milhão mensal que entrariam no fluxo de caixa do clube. A medida, porém, acabou não tendo efeito por conta de uma decisão judicial desfavorável. Outras tentativas diretas de acordo foram negadas.

A venda do zagueiro Dedé para o Vasco também foi alvo de penhora em abril deste ano. Porém, o time carioca já havia utilizado o dinheiro para pagamento de salários e outros débitos, apresentando os comprovantes. O jogador entrou na Justiça do Trabalho e conseguiu uma liminar que autorizou a sua inscrição pelo clube mineiro.