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Ademilson avisa que está preparado para ser o camisa 9 se Luis Fabiano sair

Ademilson comemora gol do São Paulo contra o Atlético-MG pela Libertadores - Leandro Moraes/UOL
Ademilson comemora gol do São Paulo contra o Atlético-MG pela Libertadores Imagem: Leandro Moraes/UOL

Luis Augusto Simon

Do UOL, em São Paulo

21/06/2013 06h01

Ademílson Braga Bispo Jr tem 19 anos de vida, oito deles dedicados ao São Paulo. Começou em uma escolinha franqueada e depois foi para Cotia, no Centro de Formação de Atletas. Com ligação tão grande com o clube, diz, sem afetação ou máscara, que está pronto para um novo passo. "Se o Luís Fabiano sair, eu assumo o lugar dele. Se o Ney Franco quiser, é lógico, não estou atropelando ninguém, só deixando claro que estou preparado".

Luis Fabiano chegou a ter seu nome envolvido em especulações. Galatasaray e Olympiacos eram os destinos favoritos, mas a tendência é que ele fique mesmo no São Paulo.


Mesmo assim, Ademílson, xodó de Juvenal Juvêncio, não quer nem ouvir em ser emprestado para ganhar experiência e voltar depois. Seria o adiamento de um sonho. "Quero fazer meu nome no São Paulo, quero continuar minha vida por aqui. Sempre foi o meu foco, o meu sonho, está na hora de brigar por ele".

Com 1,76m e 76 quilos, Ademílson acha que é possível vencer como centroavante, não é necessário mudar de posição, se transformar em um jogador de lado de campo. "Olha, na base do São Paulo eu fiz 96 gols como centroavante. Eu sei que no profissional é mais difícil, que os adversários são mais fortes, mas dá para jogar sim. Tenho sete gols no profissional e todos de oportunismo, todos como centroavante mesmo. Não precisa mudar nada, não. Preciso é melhorar como jogador".

Interessante alguém que reivindica uma oportunidade reconhecer que falta ainda se aprimorar. A explicação é simples. "Tenho 19 anos e não sou completo. Quem achar que é, está errado. Treino muito para melhorar finalização, mas também quero acrescentar um cabeceio melhor, mais drible, velocidade e passe. De tudo um pouco. Não é muito em cada quesito, mas dá para crescer, sim".

O time também precisa crescer, e Ademílson sabe como. "Um time que ganha um título no ano já é um time vitorioso. Se a gente passar pelo Corinthians e ganhar a Recopa, vai dar muito ânimo para nosso time. Vamos melhorar no Brasileiro também. Aliás, o São Paulo só fez um jogo ruim, não tem crise nenhuma."

Quando fala tudo o que precisa melhorar, imediatamente vêm à memória aquela primeira partida contra o Atlético-MG, pelas oitavas-de-final da Libertadores. Ademílson foi mal, perdeu gols, sofreu e esqueceu. "Vou negar que errei? Todo mundo viu que falhei. Mas jogador de futebol não pode ficar lembrando de fracasso não. Fica triste na hora, calça a chuteira no outro dia e corre atrás da bola. Quando faz um gol, a torcida perdoa o outro que ele errou".

Mentalmente forte, ele se diz ainda mais confiante após ganhar, com a seleção brasileira sub-20 dois torneios na Europa. "Joguei como meia e consegui um bom rendimento. Foi bom para afastar o mau futebol que nós jogamos no sul-americano sub-20. Fiquei muito triste porque sabia que não fomos bem. Mas agora veio outra chance e é o que eu mais queria. Estava me pressionando muito, mas dei a volta por cima. Agora, é lutar para vencer também como profissional”. Para de falar por alguns segundos e termina. “Aqui no São Paulo, é lógico. Não abro mão".