Santos realiza reuniões na Vila para vender F. Anderson e Rafael ao futebol italiano

Integrantes do Comitê de Gestão do Santos se reuniram na última quinta-feira, na Vila Belmiro, por mais de sete horas, e prometem manter o mesmo ritmo nesta sexta-feira. Além de avaliar a contratações de jogadores e técnico, o motivo de longas reuniões se deve as negociações que podem culminar nas saídas do meia Felipe Anderson e do goleiro Rafael para o futebol italiano.

O primeiro interessa a Lazio, da Itália. Representantes do clube italiano e do jogador, além dos investidores ingleses, que detém 50% dos direitos econômicos do atleta, estiveram no encontro para discutir os últimos detalhes da transação. O diretor esportivo, Yglie Tare, e o secretário geral, Armando Calveri, trouxeram ao Brasil uma oferta de 7,5 milhões de euros (R$ 22,2 milhões).

O Santos ficará com 3,75 milhões de euros (R$ 11,1 milhões) do montate, pois a Doyen Sports, grupo inglês, ficará com a outra metade. A transação não foi fechada, pois como de costume, a diretoria santista quer convencer os ingleses a abrirem mão de parte dos 50% que possuem. A diretoria santista ainda tenta ficar com 25% de uma futura venda de Felipe Anderson. A forma de pagamento também atrapalha o acordo, já que os italianos querem pagar pelo atleta em três parcelas anuais.

Rafael, por sua vez, continua na mira de Roma e Napoli, da Itália. O agente do goleiro, Paulo Affonso, viajou a Itália, mas não trouxe a proposta oficial. O empresário apenas comunicou que chegará uma oferta de 5 milhões de euros (aproximadamente R$ 14 milhões). O Comitê de Gestão já decidiu que venderá o camisa 1 caso chegue a proposta nesses valores.

O Santos detém 70% dos direitos econômicos de Rafael. Apesar de não anunciar o acordo, o clube vendeu 15% dos direitos a Teisa, grupo de investidores formado por conselheiros influentes do clube. Os outros 15% pertencem ao próprio goleiro.

“Não recebemos proposta pelo Rafael, mas sabemos que vai aparecer. E vamos estudar a situação do Felipe Anderson também”, afirmou Odílio Rodrigues.

A diretoria santista espera negociar os jogadores para aumentar o capital em busca de reforços. Os dirigentes confirmaram nesta semana que receberam apenas 17 milhões de euros (cerca de R$ 49 milhões) na venda de Neymar ao Barcelona, da Espanha, e ficou somente com 9 milhões de euros (aproximadamente R$ 26 milhões), pois teve que repassar do montante 40% dos direitos econômicos a DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, e 5% a Teisa, grupo de investidores formados por conselheiros influentes no clube.