Saviola é oferecido ao Inter, ganha lobby de D'Ale, mas divide a cúpula

O meia-atacante Javier Saviola, 31 anos, foi oferecido aos dirigentes do Internacional e virou alternativa na busca do clube gaúcho por reforços. Amigo de D’Alessandro dos tempos de River Plate, o jogador do Málaga conta com o lobby do ídolo do Colorado. Mas divide a cúpula.

A diretoria do Inter diverge sobre o investimento. Ao mesmo tempo que pondera com o acréscimo técnico, se depara com o limite de estrangeiros. Além da leitura de que Saviola seria um reforço desnecessário após a contratação de Jorge Henrique.

O nome de Saviola foi levado ao Inter pelo mesmo agente que iniciou as tratativas com Júlio Baptista – outro alvo do Colorado e igualmente atleta do Málaga. A oferta ganhou mais força após a desistência do contrato de risco com Adriano Imperador.

“Me encontrei com Javier e seu empresário no início da Copa das Confederações. Fui autorizado a tratar de seus assuntos e procurei o Inter. O clube ficou de analisar a situação. O jogador quer ficar perto da Argentina, da família. Estamos aguardando uma posição do clube”, disse ao UOL Esporte o empresário Mario Rossi.

Mas ainda assim o nome não agrada a todos os cartolas com poder de decisão no Beira-Rio. Tanto que alguns deles descartam com veemência, lembrando o começo das negociações com o Imperador. D’Alessandro é o oposto. O gringo é amigo de Saviola desde os 9 anos, do tempo das categorias de base do River. E não esconde a empolgação com um reencontro.

“Eu falo três ou quatro vezes com o Saviola, falo constantemente mesmo. Mas não falamos do Inter. Se eu puder fazer alguma coisa para vir para cá, vou fazer”, disse D’Alessandro. “Desde que a gente se separou, sempre falamos: tomara que a gente consiga se unir outra vez e jogar junto. Ele saiu em 2001 e eu em 2003. E a gente ainda não conseguiu esse sonho”, completou.

No início do mês, Saviola recusou uma oferta do México. O motivo: o nascimento de um filho, que aumentou sua vontade de ficar perto do país natal. 

O Internacional planejava, antes do recesso do Brasileirão, contratar quatro reforços. Um para defesa – zagueiro ou lateral, um meia e dois atacantes. Mas até agora a cúpula só conseguiu fechar com Jorge Henrique.