Volante vence tuberculose e recepção desastrosa para seguir na Alemanha
Ouvir que o treinador se surpreendeu – negativamente – no primeiro encontro, uma lesão no joelho e depois ser diagnosticado com tuberculose. As três situações vividas em apenas dois meses, em um país novo e sem falar a língua local, fariam qualquer jogador pensar em desistir da aventura de jogar na Europa. E, na época, não foi diferente com França. Apesar disso, o volante de 22 anos assegura ter superado o turbilhão de notícias ruins dos últimos meses e se vê pronto para, enfim, mostrar seu futebol com a camisa do Hannover.
No entanto, o bauruense terá de esperar pelo menos até agosto, que é quando acaba a ‘quarentena’ imposta pelos médicos do clube, após ele ser diagnosticado com uma tuberculose, em fevereiro. França tem contrato com o Hannover até junho de 2016.
“Assim que a doença foi diagnosticada, eu pensei sim em voltar para o Brasil. Mas contei com o apoio da minha família, de jogadores brasileiros que jogam na Alemanha e fiquei mais tranquilo. Fiz o tratamento e agora estou bem, pronto para voltar”, disse França, em entrevista ao UOL Esporte por telefone, da Alemanha.
O zagueiro Felipe Santana, herói do Borussia Dortmund na temporada passada e hoje no Schalke 04, foi um dos que deu apoio ao recém-chegado.
França passou 30 dias em tratamento contra a tuberculose no Brasil, retornou à Alemanha em abril e desde então trabalha separadamente do resto do elenco.
“Eu me sentia muito cansado após os treinos, o que não era comum. Fiz exames e a tuberculose foi diagnosticada”, lembrou França. “O time está em viagem para a pré-temporada e eu fiquei em Hannover para aprimorar a parte física. Estou curado, mas ainda não fui liberado pelos médicos”, completou.
França chegou ao clube com moral após ser um dos destaques da campanha do acesso do Criciúma na Série B de 2012. O Hannover pagou 1,6 milhão de euros (cerca de R$ 4,6 milhões na cotação atual) pelo jogador, que estava ligado ao Mirassol. O volante também já jogou no Noroeste e no Coritiba.
Porém, logo na chegada, em janeiro, as características físicas do brasileiro desapontaram o técnico Mirko Slomka. “O que posso dizer? Fiquei surpreso. Ele foi contratado por critérios físicos”, lamentou o treinador na época, após perceber, no primeiro encontro, que era mais alto que o volante.
O problema foi que França media ‘apenas’ 1,83m e Slomka, que mede 1,89m, esperava um jogador de 1,90m. Depois, ele sofreu uma lesão no joelho que o deixou longe dos gramados por duas semanas.
“Foi um mal entendido e já foi superado. Claro que achei que a chegada seria mais tranquila, não sabia falar a língua e aconteceu isso ainda. Mas o treinador conversou comigo, explicou a situação e me deixou bem tranquilo. Temos uma boa relação”, disse França.
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