Ney diz que queda na Libertadores foi estopim para saída e crê que Ganso não rendeu
Ney Franco fez questão de agradecer diretoria e jogadores pela atenção dada neste um ano de vínculo com o São Paulo. Demitido na tarde desta sexta, o treinador acredita que sua situação ficou definitivamente estremecida já na desclassificação na Libertadores, quando caiu nas oitavas.
Embora tenha evitado críticas e usado discurso de que sai de cabeça erguida, Ney deixou claro que esperava mais de Paulo Henrique Ganso. O técnico declarou que o meia passou por momento difícil ao superar lesão no começo do ano, mas que não atingiu o mesmo nível dos demais depois de recuperado.
“O Ganso é um baita jogador, tem tudo. Tivemos que ter paciência porque a lesão foi séria no início do ano. É um jogador que precisa de recuperação. E voltou num momento de mata-mata. E na época citei que ele estava abaixo. Mas hoje não. Ele está no mesmo plano. Falta realmente adaptação dele com os outros jogadores. Tomara que ele possa atender à expectativa do clube”, disse Ney Franco.
Sobre a demissão, Ney declarou que muitas notícias inverídicas teriam tumultuado o ambiente no clube. Mas reconhece que a eliminação diante do Atlético-MG pesou na decisão da diretoria.
“A eliminação na Libertadores talvez tenha sido o estopim pra tudo. Tomara que o São Paulo possa ser campeão no dia 17 [Recopa]. Vou ficar de longe torcendo para a conquista. Quem chegar que tenha competência para dirigir”, desejou.
Ney Franco vivia o pior momento desde que assumiu o São Paulo. Diante do Corinthians, o time completou cinco jogos sem vitória, sendo dois empates e três derrotas. O treinador deixou o clube após 79 jogos, 41 vitórias, 16 empates e 22 derrotas, com um título da Copa Sul-Americana. O aproveitamento, no entanto, não foi o principal motivo para sua demissão. As quedas em sequência na Libertadores e no Paulistão iniciaram sua fritura no cargo.
O São Paulo informou através do site oficial que, nesta sexta-feira, o comando interino do coordenador técnico Milton Cruz começou. No próximo domingo, no Morumbi, ele será o responsável por dirigir o time diante do Santos.
O substituto mais especulado é Muricy Ramalho. A pressão da torcida e a tentativa de Juvenal Juvêncio de ganhar no conselho fazem o ex-técnico do Santos ser o candidato mais forte. Ao Lance!, Muricy se mostrou aberto à possibilidade de retornar ao comando do São Paulo: "voltaria em dois minutos".
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