Juvenal dribla pressão e pode mudar futebol do São Paulo só após excursão
Juvenal Juvêncio está pressionado. Vários membros do Conselho Deliberativo ligam no seu celular para pedir a demissão do diretor de futebol, Adalberto Baptista, desgastado no São Paulo após entrar em rota de colisão com o goleiro Rogério Ceni, um dos maiores ídolos da história do clube. Mas o mandatário já acenou com a sua estratégia: deve esperar para decidir o futuro do dirigente após a excursão para a Europa no final do mês.
O UOL Esporte apurou que Juvenal já sabe que Adalberto ficou desgastado com os jogadores do São Paulo por ter feito críticas públicas a Rogério Ceni, que irá se aposentar no final do ano. Mas demitir o dirigente seria uma derrota política e daria ainda mais munição para a oposição, que já colhe os louros de uma das piores fases do Tricolor na sua vitoriosa história.
Juvenal quer esperar para ver a reação da torcida comum, que após a derrota para o Cruzeiro já deu mostras de estar descontente com o desempenho de Adalberto Baptista. Alguns torcedores pediram a sua saída no Morumbi.
Organizada vai a churrasco no São Paulo e faz discurso pró-Juvenal
Um churrasco festivo promovido pela diretoria do São Paulo no Morumbi contou com a presença de integrantes da torcida organizada do clube, a Independente. Diversos torcedores foram ao evento como convidados e um representante do grupo fez discurso em favor do mandatário são-paulino Juvenal Juvêncio. O fato gerou revolta na oposição.
Uma saída para atenuar os efeitos políticos da saída de Adalberto Baptista é colocá-lo em um cargo de menor visibilidade na diretoria do São Paulo, e substituí-lo por alguém com aceitação na torcida e que daria um ar de modernidade para a pasta de futebol no clube.
Adalberto deverá receber ainda mais criticas dos seus inimigos políticos se o São Paulo for mal sucedido da sua turnê europeia, onde disputará três competições: Copa Audi, Eusébio Cup e Copa Suruga.
Com sete derrotas seguidas, dez jogos sem vencer (a maior sequência negativa da história) e flertando com a zona de rebaixamento do Brasileirão, o São Paulo terá pela frente adversários como Bayern de Munique e Benfica, que são respectivamente o atual campeão da Liga dos Campeões e o vice da Liga Europa, as duas principais competições de clubes na Europa. E justamente na hora que o técnico Paulo Autuori reclama de não ter tempo para entrosar a equipe.
Por esse motivo que o treinador não hesitou em falar que a excursão trará efeitos negativos ao seu planejamento. “Não vou lamentar nada. Já está feito e temos de jogar. Cabe a mim traçar uma estratégia para minimizar os efeitos negativos que essa excursão pode trazer”.
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