"Ele gostaria que não ficássemos tristes", diz Carlos Alberto sobre Djalma Santos
Renan Prates
Do UOL, em São Paulo
23/07/2013 21h32
O capitão do tricampeonato da seleção brasileira, Carlos Alberto Torres, falou sobre a morte de Djalma Santos nesta terça-feira. Ele relembrou a ‘passagem de bastão’ na lateral direita do time canarinho em 1964 e disse que foi uma honra substituí-lo.
“No ano de 64, fomos convocados juntos para a Copa das Nações. O então treinador [Vicente] Feola preferiu me colocar de titular e o Djalma na reserva. Aquilo foi significado enorme, pois era um cara tinha como ídolo”.
Carlos Alberto Torres foi campeão pela seleção brasileira de 1970, enquanto Djalma Santos ganhou os Mundiais de 1958 e 1962.
“Foi um grande espelho como lateral direito, como companheiro extraordinário, alegre, que descontraía o ambiente, sabia comandar, grande líder. A gente só pode lamentar. Mas tenho certeza que ele gostaria hoje que não ficássemos tristes”, pediu Carlos Alberto.
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O ex-lateral da seleção brasileira relembrou de algumas dicas que recebeu de Djalma Santos, quando ambos dividiram concentração. “Ele conversava muito para não dar bote de primeira, porque naquela época tinha muito ponta driblador e rápido, se entrasse errado, a gente ficava para trás”.
Carlos Alberto prestou várias reverências a Djalma Santos: “Foi um dos grandes. Um dos poucos laterais com nome na história do futebol mundial. Hoje mal se fala de lateral, principalmente dos brasileiros. Djalma foi o primeiro a ser apontado como melhor do mundo em 58 jogando apenas uma partida. Isso mostra a sua grandeza”.