Chegada de Cléber faz Chicão enfrentar pior fase em 5 anos de Corinthians

Um dos pilares da reconstrução corintiana pós-rebaixamento, o zagueiro Chicão amarga a sua pior fase no clube. Remanescente do elenco que conquistou a Série B, em 2008, o camisa 3 também esteve presente na final do Mundial, quando o Corinthians derrotou o Chelsea.

Considerado um dos jogadores mais identificados com a torcida, Chicão já teve seus problemas durante o período. Em 2011, chegou a abandonar a concentração na véspera de um clássico contra o São Paulo, por ter ido para a reserva. Como punição, perdeu a braçadeira de capitão que herdara com as aposentadorias de Willian e Ronaldo.

O retorno ao time titular aconteceu apenas em 2012. Por conta de uma lesão de Paulo André, ele reassumiu a vaga e fez bem o seu papel ao lado de Leandro Castán, destaque do setor defensivo e negociado após o título da Copa Libertadores.

A saída do defensor manteve Chicão na equipe titular até o fim do ano. Mas uma artrocospia no joelho esquerdo no início de 2013 e a chegada de Gil, um dos jogadores mais elogiados por Tite, afastaram o ex-capitão da equipe titular.  

Das 41 partidas disputadas pelo Corinthians nesta temporada, Chicão participou de apenas 11. Em 2012, por exemplo, ele atuou 49 vezes. 

O pouco aproveitamento despertou o interesse de outros clubes. O Internacional, de Porto Alegre, teria feito proposta, assim como um clube japonês. O Corinthians, por sua vez, ofereceu mais um ano de contrato para o defensor, mas ainda não obteve resposta.

Jogador do atual elenco que mais atuou (247 vezes) e mais fez gols (42) com a camisa do clube, o zagueiro de 32 anos tem o aval de Tite e da diretoria. Tanto é que em uma nota divulgada pelo clube, o presidente Mario Gobbi cita o nome de Chicão como ponto de partida para as positivas mudanças que aconteceram no clube.

“Começamos a conquistar [o título da Recopa] em dezembro de 2007. Começamos a trazer qualidade ao grupo de jogadores e comissão técnica. Foi nessa época, por exemplo, que chegaram Chicão e Alessandro, que, ao lado do goleiro Júlio César, participaram de todas as oito conquistas desde então”, diz o comunicado assinado pelo cartola.

O problema para Chicão, agora, é a chegada do zagueiro Cléber. Destaque da Ponte Preta no último Campeonato Paulista, o jovem de 22 anos chega para ser opção no setor defensivo. Gil e Paulo André seguem como titulares absolutos, mas o novo reforço já avisou que quer buscar seu espaço.

“Ôpa, já estou aí, hein, professor! Estou legal, treinando com a comissão, ficando a ponto de bala já. Agora preciso trabalhar com bola para ganhar entrosamento”, disse Cléber em entrevista a Rádio Globo.