R. Abreu pedirá R$ 4 mi ao Fla em ação por danos morais após demissão

Calado desde a sua dispensa do Flamengo, Renato Abreu articula com seus advogados como irá cobrar o clube na Justiça. E após algumas conversas com os representantes, o meia definiu que irá pedir, além dos salários referentes aos meses restantes do vínculo, cerca de R$ 4 milhões ao rubro-negro por danos morais.

Para o jogador e seus advogados, o meia foi desrespeitado pela maneira como o caso foi conduzido – através de uma nota oficial no site do clube, sem nem sequer ser avisado previamente.

“A ideia é essa. Vamos cobrar o que ele tem direito por contrato e os danos que ele sofreu neste período. O clube não soube conduzir uma situação tranquila. Eles se perderam. Colocaram no site, depois mandaram uma notificação pedindo que ele voltasse, em seguida voltaram atrás. Tudo errado. Além de falar algumas coisas que não precisava”, disse o advogado do jogador, Paulo Reis.

R$ 5,5 milhões em cobranças
Com tudo definido, os representantes de Renato Abreu aguardam apenas que a Justiça retome suas atividades normais para dar entrada no processo. Além dos R$ 4 milhões de danos morais, o meia cobrará R$ 1,5 milhão dos salários que deveriam ser pagos até dezembro - fim do contrato.

“Por conta da Jornada Mundial da Juventude, só conseguiremos resolver isso na próxima semana. Amanhã [quinta] e sexta é feriado, e na segunda-feira a Justiça só funciona à tarde. Acredito que até terça damos entrada. Vamos aguardar”, explicou Reis.

Com mais de sete anos de clube, Renato foi dispensado do Flamengo através de uma nota no site oficial no último dia 17 de junho, enquanto viaja ao Oriente Médio para resolver problemas particulares. No comunicado, o time disse que havia chegado a um acordo com o jogador e assinado a rescisão.

Porém, nada disso havia ocorrido. A decisão unilateral foi tomada sem que Renato fosse comunicado e a rescisão não foi assinada até o momento. Além disso, o clube se atrapalhou no discurso para justificar tal saída.

Em entrevista à TV Globo no último domingo, o técnico Mano Menezes disse que “Renato não tinha tido um comportamento adequado na visão dos dirigentes”. Por outro lado, o presidente Eduardo Bandeira de Mello afirmou que o motivo era apenas técnico.