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Atletas do Santos rejeitam 'técnico top' no lugar de Claudinei, e diretoria insiste em Ney Franco

Ney Franco quer receber pouco menos de R$ 400 mil mensais para comandar o Santos - Julia Chequer/Folhapress
Ney Franco quer receber pouco menos de R$ 400 mil mensais para comandar o Santos Imagem: Julia Chequer/Folhapress

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

10/08/2013 06h00

Os jogadores do Santos não escondem de ninguém que pretendem a efetivação do técnico Claudinei Oliveira. O UOL Esporte apurou que os atletas fizeram um pedido em reunião para o Comitê Gestor manter o interino pelo menos até o final do ano no cargo e, assim, desistir de contratar um “treinador top” no mercado. 

Os dirigentes prometeram “analisar com carinho” o pedido, mas insistem na contratação de Ney Franco. Após a vexatória goleada sofrida para o Barcelona, da Espanha, por 8 a 0, no Campo Nou, o vice-presidente Odílio Rodrigues falou com o ex-comandante do São Paulo após ouvir um “não” de Abel Braga no último final de semana.

A diretoria santista ficou animada com o retorno de Ney Franco, que pediu menos de R$ 400 mil de salário, quase a metade do que o Santos pagaria por Abel Braga – cerca de R$ 700 mil mensais – o mesmo valor que o clube desembolsava para manter Muricy Ramalho.

O próprio Claudinei já foi informado internamente que é apenas questão de tempo para o Santos anunciar a contratação de um treinador com mais experiência no futebol profissional. Por conta disso, o técnico interino comentou com pessoas mais próximas que está disposto a seguir sua carreira em outros clubes caso a diretoria contrate um novo treinador.

Publicamente, Claudinei disse que entende o fato de a diretoria santista procurar um treinador renomado, mas já avisou que não servirá de “árvore decorativa” no clube caso outro profissional assuma o cargo de comandante do time.

“Não acho nenhum absurdo o Santos procurar um treinador, eles têm liberdade de procurar um treinador, é uma situação normal do futebol”, afirmou Claudinei, que não está disposto a voltar ao cargo de auxiliar-técnico.

“Tenho ciência e consciência de que a cada jogo que passe, é mais difícil um treinador chegar no Santos e me querer por perto. Ele pode se sentir ameaçado, como um cara que não vai ajudar. Não tenho inocência de achar que o cara que vai chegar aqui vai dizer "senta aqui, amigão". Ele vai trazer o coordenador dele, não quero ser uma árvore decorativa, só com salário. Se não tiver função, não tem sentido”, disse.