Topo

Beckenbauer debate doping e admite que tomava "injeções de vitaminas"

27.abr.2013 - Franz Beckenbauer comparece ao jogo entre Bayern de Munique e Freiburg, pelo campeonato alemão - AP Photo/Kerstin Joensso
27.abr.2013 - Franz Beckenbauer comparece ao jogo entre Bayern de Munique e Freiburg, pelo campeonato alemão Imagem: AP Photo/Kerstin Joensso

Do UOL, em São Paulo

11/08/2013 17h36

O ex-jogador de futebol Franz Beckenbauer aumentou a polêmica sobre o uso de doping no futebol alemão. Em entrevista ao canal público de TV “ZDF”, o “Kaiser” admitiu que tomava “injeções de vitaminas” quando era atleta.

Beckenbauer fez parte da seleção alemã que conquistou a Copa do Mundo de futebol em 1974 e a Eurocopa de 1972. Na última semana, os êxitos da equipe nacional foram colocados em xeque por um estudo da universidade de Colônia.

Intitulada “Doping na Alemanha de 1959 até hoje”, a pesquisa apontou a existência de um esquema de dopagem em massa, com apoio estatal, na antiga Alemanha Ocidental.

Ainda de acordo com a pesquisa, três jogadores da Alemanha que foi vice-campeã da Copa do Mundo de 1966 consumiram efedrina. O estudo entrevistou Mihailo Andrejevic, funcionário da Fifa, que confirmou a informação.

Questionado sobre o tema na “ZDF”, Beckenbauer disse inicialmente que nunca, em 20 anos como profissional, tomou uma injeção sem saber o que havia dentro. Depois, porém, o ex-atleta mudou um pouco o discurso.

“Nós tomávamos injeções de vitaminas. O que eu sei é que o médico nos dizia que eram injeções de vitaminas”, declarou Beckenbauer.

A publicação do estudo da universidade de Colônia, na semana passada, colocou o doping no centro dos assuntos mais comentados no futebol alemão. Sobretudo porque a Bundesliga também discute como aumentar o controle a partir da temporada 2013/2014.

Nessa edição da competição nacional, a DFB, entidade que comanda o futebol na Alemanha, começará a usar exames de sangue para aprimorar o controle de doping. As avaliações serão conduzidas pela Agência Nacional Antidoping.

“Essa decisão já havia sido tomada antes dos últimos eventos, mas é um bom sinal”, classificou Wolfgang Niersbach, presidente da DFB, em comunicado oficial.