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Atrás de "sossego", Zinho não teme falta de identificação com o Santos

Vitor Pajaro

Do UOL, em Santos (SP)

13/08/2013 06h00

A curta passagem de Zinho como dirigente do Flamengo, no ano passado, ficou marcada pelo insucesso de recuperar Adriano Imperador e também pela inesperada saída de Ronaldinho Gaúcho. Agora, novo gerente de futebol do Santos, o ex-jogador espera ter mais sossego no cargo e avisa que nem mesmo a falta de identificação com o clube será um problema.

“Não tenho identificação por não ter jogado, mas não vim para jogar e sim para ser gerente de futebol. Minha história e minhas conquistas fizeram com que as pessoas pensassem no meu nome e fizessem o convite”, disse Zinho, que assume o cargo na vaga de Nei Pandolfo, demitido na última quarta-feira.

“Acredito que venho para somar, ajudar e respeito demais a marca Santos FC. Sou muito grato às manifestações de torcedores e à forma como fui recebido. Isso é muito bom para o objetivo para que o clube tem. Com o meu trabalho e minha maneira de ser, vou tentar dar uma resposta positiva”.

No Santos, Zinho vai encontrar um ambiente em reconstrução. Após a saída de Neymar e a derrota para o Barcelona por 8 a 0, a diretoria iniciou as mudanças. Além da demissão de Pandolfo, o clube também desligou Pedro Luiz Nunes Conceição e Caio Marcio de Stefano, do Comitê de Gestão. Antes, o advogado Luciano Moita já havia pedido para sair.

AROUCA DEVE DESFALCAR SANTOS NOS PRÓXIMOS OITO JOGOS

  • O volante Arouca deve desfalcar o Santos nas próximas oito partidas. Nesta segunda-feira, um exame de ressonância magnética apontou uma lesão de grau 1 no músculo posterior da coxa direita do volante, que deixou a partida contra o Cruzeiro, no último domingo, aos quatro minutos do primeiro tempo. Diante dos mineiros, ele foi substituído por Alan Santos. O jovem foi um destaques do time e ajudou a equipe a manter o 0 a 0 no placar. Leia a notícia completa

O pior, no entanto, parece ter passado. Apesar de não vencer há quatro partidas, o time mostrou muito empenho e segurou, após o vexame, o empate contra o Corinthians, tido como o melhor elenco do país, e com o Cruzeiro, líder do Brasileiro.

“Espero que meu trabalho seja mais sossegado [do que no Flamengo]. Foi um período, ótimo e sou grato. Agora tenho que trabalhar para fazer o melhor ambiente possível e quando aparecer problemas e dificuldades, como aconteceu no clube que eu estava, tenho minhas convicções e verdades. Acredito nisso e com isso, posso ter sucesso aqui”, comentou Zinho.

Em sua apresentação nesta segunda-feira, ele tratou de dar moral para o treinador Claudinei Oliveira e afirmou que não vê motivos para mudar o comando da equipe. De acordo com o ex-meia, a ordem agora é conhecer o grupo e identificar possíveis carências.

“Quanto mais rápido acelerarmos esse processo, melhor. O elenco é bom e tem bons jogadores. No período em que fui convidado, tive alguns dias para analisar. Tem jogadores experientes, vitoriosos, promessas, e também os que chegaram há pouco tempo e têm potencial”, avaliou.