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Ex-presidente critica Laor, cita racha e nega nova candidatura no Santos

Marcelo Teixeira, ex-presidente do Santos, criticou a gestão de Laor - Fernando Santos/Folha Imagem
Marcelo Teixeira, ex-presidente do Santos, criticou a gestão de Laor Imagem: Fernando Santos/Folha Imagem

Do UOL, em São Paulo

18/08/2013 08h00

A ebulição política vivida pelo Santos fez com que o ex-presidente Marcelo Teixeira se pronunciasse. Em seu perfil no Facebook, ele postou um longo texto dando a sua opinião sobre a atual situação do time da Vila Belmiro. Principal dirigente do clube entre 2000 e 2009, ele evitou citar o nome de Luis Alvaro Oliveira Ribeiro, presidente afastado por problemas de saúde, mas alfinetou o cartola. 

No texto, ele ainda cita que até mesmo quem apoiou Laor nas últimas candidaturas, virou oposição por conta dos maus resultados conquistados. No fim, Teixeira ressalta que seu legado como presidente já acabou e que não será candidato nas próximas eleições. 

Leia abaixo o comunicado postado por Teixeira:

Aproveito este nobre espaço para agradecer a tantas manifestações sobre o Santos FC. É um momento muito delicado, temos que somar forças e reunir esforços para resgatar a dignidade, a história e a moral do Clube, reconquistada com a geração Robinho e Diego, pela alegria e autoestima dos torcedores santistas.

Não concordo que o presidente licenciado tenha deixado legado, devemos sim respeitar o seu estado de saúde e sua pessoa (apesar de não terem tido a mesma consideração com a minha), nem tampouco que o seu vice tenha a responsabilidade de segui-lo, até porque quem de fato dirigiu o glorioso nestes últimos tempos foi o Dr. Odílio.

Também não concordo que as correntes políticas ou os grupos oposicionistas tenham influenciado nos resultados da atual Gestão, até porque os próprios dirigentes, eleitos pelos associados, não cumpriram as promessas e propostas de campanhas, além de muitos desmandos, ocasionando parte desta revolta, que não é orquestrada por algumas pessoas, mas vem da voz popular, do grito das arquibancadas, das análises e avaliações de comentaristas sérios e imparciais, do que os próprios dirigentes quiseram plantar, mas não conseguiram colher, como o funcionamento de Comitê Gestor (não sabemos quem eram, quando saíram, o que fizeram, como decidiram). Aliás, assumiram o Clube estável e com uma fantástica geração de Meninos da Vila, que deram muitas alegrias dentro das quatro linhas de campo.

Como era esperado, grande parte do grupo que apoiou esta Administração rachou e se dividiu, criando muitas facções, porém estas pessoas também devem assumir as suas responsabilidades, ou por omissão, ou por direta participação, não poderão ficar impunes ou apenas atribuir a outros a sua própria parcela de culpa, pelos próprios atos praticados consciente e voluntariamente, porque estavam aplaudindo e apoiando decisões da Diretoria, enquanto o glorioso alvinegro vencia, encantava, ganhava os títulos, com Neymar, Ganso e Cia, encobrindo os erros administrativos.

Tenho evitado fazer comentários neste momento, minhas atitudes e ações são sempre para a construção, devemos ter consciência do que representa o Santos FC para a cidade, para o futebol brasileiro e mundial, não sou e nem serei candidato a nada, quero apenas ver o meu Clube continuar crescendo, revelando craques, dando alegrias ao seu torcedor e honrando as suas enormes tradições de Modesto Roma, Athié Jorge Coury, Silvio Fernandes Lopes, Esmeraldo Tarquinio, Urbano Caldeira, Nicolau Moran, Milton Teixeira, entre tantos ilustres dirigentes que inspiram as gerações na concretização de um trabalho que mantenha o Clube entre as principais e maiores potências do futebol brasileiro.