Botafogo revela penhora de R$ 8,1 mi em vendas de F. Gabriel e Andrezinho

O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, revelou nesta terça-feira que a Receita Federal penhorou os R$ 8,1 milhões que o Botafogo teria a receber das vendas de Andrezinho (R$ 4,4 milhões) e Fellype Gabriel (R$ 3,7 milhões). A quantia é referente ao que o Alvinegro teria direito das transações, que foi 100% retida pelo órgão federal.

A revelação foi feita nesta terça-feira no programa Arena SporTV. O mandatário fez longo discurso sobre a renegociação das dívidas dos clubes e disse que o jeito que a Receita Federal está agindo com os times é muito prejudicial, podendo resultar no fechamento de alguns clubes de importância no cenário nacional.

“A verba das vendas de Felipe e Andrezinho estão 100% penhorada. Até hoje não vimos a cor do dinheiro. É um valor substancial. Os meninos que estão treinando ficariam muito satisfeitos de ver esse dinheiro entrar para pagar salário”, disse para comentar sobre a renegociação das dívidas.

“Do jeito que está, além de não pagar o que devem, criam-se novas dividas. A situação que se monta, é de fechamento de determinadas clubes do Brasil. É serio e estou falando de forma clara. Estou falando de clubes de series A e B. o problema é serio. Dizem que clube de futebol nunca vai fechar as portas. Vai sim. Aproveitar para deixar claro que o Botafogo não quer o perdão da divida, mas um renegociamento”, completou.

“Hoje o Botafogo forma pensando em venda”

Não é segredo que as principais fonte de renda do Botafogo são patrocínios, cotas de televisão e venda de atletas. A última teve atenção especial de Maurício Assumpção nesta terça-feira. Ele fez elogios a Dória e Vitinho, duas revelações das categorias de base, mas disse que a permanência desses atletas é muito difícil. Segundo o presidente, o Alvinegro hoje conta com essa renda e admitiu que o clube investe na formação de atletas para vender no futuro.

“É difícil uma revelação ficar mais de um ano, um ano e meio no clube. Hoje o Botafogo forma pensando em venda, porque é uma verba importante para o clube. Até se quiser não consegue manter o atleta. Se o Atlético-MG quisesse, seguraria o Bernard, mas não faz porque tem dívidas, oportunidades de negocio. Enfim, uma serie de conjunturas que fazem o clube repensar. Você pode diminuir esse quantidade de venda, aumentando patrocínio e bilheteria, mas ainda temos muito que aprender. O plano de sócio torcedor é fundamental nesse sentido também”, finalizou.