Paulo Sérgio relembra lance com Edmundo e cartão ao ser confundido com Viola
Campeão do mundo com a seleção brasileira na Copa de 1994, o ex-atacante Paulo Sérgio juntou seu antigo mundo com a política e hoje atua como secretário de esportes de Barueri, na Grande São Paulo. Mas as memórias de seus causos no gramado ainda são muito lembradas por quem acompanhou sua carreira, da parceria com Viola no Corinthians à final do Paulistão de 1993, marcada por uma polêmica com Edmundo.
Até hoje, muitos torcedores corintianos se lembram desta decisão e culpam a arbitragem para que o título fosse parar na mão dos arquirrivais. Durante o jogo, Edmundo deu um carrinho muito forte em Paulo Sérgio, e o time alvinegro pediu por sua expulsão.
O ex-atacante não apela a falar em manipulação, mas admite que ouve muito sobre o lance nas ruas até hoje. “Roubado, não foi. Nós sabíamos que o Palmeiras tinha uma grande equipe, com um investimento grande. Mas claro que teve o lance do Edmundo e, se ele fosse expulso naquele momento, creio que o resultado não seria aquele”, relembrou ele, em entrevista ao UOL Esporte, no evento em que divulgou a estreia do UFC em Barueri.
“Sabemos que o Palmeiras tinha muito potencial, que o time foi construído para ser campeão naquele ano. Mas sem dúvida ficou um gostinho de que poderíamos ter conquistado aquele título. Todas as vezes que um torcedor me vê, fala daquele jogo. Não tem jeito!”, adicionou ele, que está com 44 anos. No Paulista de 1993, o Corinthians venceu o jogo de ida por 1 a 0, mas perdeu o de volta por 4 a 0, enquanto o Palmeiras quebrou um jejum de 17 anos de títulos.
Durante a sua passagem pelo Corinthians, o jogador também ficou marcado por sua parceria com Viola, “um irmão até hoje”. Paulo Sérgio, que passou por clubes como o Bayern de Munique e a Roma, garante que, em todos os elencos pelos quais passou, nunca encontrou um colega tão “excêntrico” quanto Viola.
“Igual o Viola não existe! E eu sei, porque comecei com ele desde os 15 anos, na categoria de base. Nós sempre fomos parceiros, amigos, e hoje é um irmão. Ele foi o mais excêntrico com quem convivi”, afirmou ele.
O ex-jogador ainda contou um acontecimento curioso. “Já teve uma oportunidade em que o Viola fez uma falta, em um jogo na base, e o árbitro o confundiu comigo. Eu é que fui expulso (risos). Foi num jogo de aspirantes, no Pacaembu, lá para 1987 ou 1988”, contou ele. “Somos parceiros fora de campo e jogamos o showbol pelo Corinthians. Sempre mantivemos essa amizade.”
Paulo Sérgio chegou a ser técnico do Red Bull-Brasil, mas tomou outro rumo e assumiu a secretaria em janeiro deste ano, com uma série de projetos para incrementar o esporte na cidade de Barueri. Além do UFC, ele tem planos de conseguir que alguma seleção treine no município para a Copa do Mundo de 2014, entre outros projetos.
Edmundo (Palmeiras) deveria ter sido expulso na final do Paulistão-1993, na jogada com Paulo Sérgio (Corinthians)?
Resultado parcial
Total de 502 votosConselhos a Hulk e Neymar
Paulo Sérgio passou pelo Bayern de Munique e atuou entre 1999 e 2002, com 21 gols em 77 jogos. Depois que parou, foi representante do clube alemão no Brasil. Hoje, não tem um cargo oficial, mas ainda conversa com os dirigentes, tendo chegado a ventilar por lá o nome de Neymar. Como o Barcelona já estava muito à frente nas negociações, o papo não avançou.
“Creio que o Neymar tem tudo para vencer no Barcelona. Mas claro que, se fosse no Bayern -onde ele lutaria com Ribbery e Robben - eu acho que estaria mais à frente para ser titular e se destacar”, disse Paulo Sérgio.
Para o ex-atacante, a chave será a paciência. “Eu lembro da época do Ronaldinho Gaúcho no Barcelona. E o Messi estava onde? No banco. Então ele teve de esperar o momento dele. Hoje o cara é o Messi, então o Neymar vai ter de esperar a hora dele chegar. Lógico que ele vai ter que mostrar o futebol dele, mas com muita personalidade ele vai achar seu lugar.”
Paulo Sérgio também falou sobre sua participação na Copa do Mundo de 1994, quando esteve num grupo mais contestado pela imprensa e a torcida. Hoje, com o time comandado por Luiz Felipe Scolari chegando ao Mundial de 2014, um dos mais importantes da história, alguns nomes como Hulk sofrem o mesmo.
“O atleta tem de conviver com isso, mesmo, e de forma natural. O mais importante no caso do Hulk é ele ter o reconhecimento da comissão técnica. Lógico que o reconhecimento do público é importante. No caso do Hulk, enxergo um jogador muito importante no esquema tático do Felipão. Ele faz uma função em que volta para ajudar na marcação, tem força no ataque”, analisou.
“Creio que as críticas não são válidas, mas o atleta tem de conviver com isso. Sabemos que a seleção não enfrentou momentos fáceis antes das Confederações e agora o duro é manter o padrão, ou as críticas vão voltar”, concluiu.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.