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Para Douglas, ausência na final do Mundial doeu mais que fiasco na seleção

Meia Douglas tenta dominar a bola durante o treino do Corinthians no Mundial de clubes - Flávio Florido/UOL
Meia Douglas tenta dominar a bola durante o treino do Corinthians no Mundial de clubes Imagem: Flávio Florido/UOL

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

29/08/2013 17h44

O meia Douglas, do Corinthians, irá reencontrar neste domingo o técnico Mano Menezes, que o comandou na única experiência desastrosa que ele teve na seleção brasileira na carreira. Mas na visão do jogador, a ausência na final do Mundial de clubes contra o Chelsea doeu muito mais do que o fiasco com a camisa do time canarinho.

“Estava numa sequência boa. Tinha disputado uma partida. Sei que não foi por opção técnica, mas sim por opção tática. A função que o Jorge [Henrique] fez eu não faria nunca. Nunca fiz. Fiquei muito chateado por não ter jogado”.

Douglas atuou como titular no primeiro jogo do Corinthians no Mundial contra o Al-Ahly, mas Tite decidiu sacá-lo da decisão contra o Chelsea por querer um jogador que pudesse acompanhar a movimentação do lateral.

Em alta no Grêmio no final de 2010, Douglas foi convocado pelo então técnico Mano Menezes para a seleção brasileira para o amistoso contra a Argentina no Qatar. Ele entrou no lugar de Ronaldinho Gaúcho no segundo tempo e perdeu a bola para o astro Lionel Messi, em lance que gerou o gol da vitória argentina por 1 a 0.

As câmeras de TV flagraram o xingamento de Mano a Douglas por causa do lance. Neste domingo, ambos irão se encontrar no duelo entre Corinthians e Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro, em lados opostos.  

“Óbvio que fiquei chateado. Todo jogador ficaria. Mas passou, não penso mais em seleção. Aquele lance marcou muito. Levei um azar danado de a bola ter caído no pé do Messi. Passei a noite em claro naquele dia, mas superei”, relembrou Douglas.

Após ter atuado poucas vezes no primeiro semestre, Douglas ganhou outra chance do técnico Tite e virou novamente titular. Ele disse que nunca pensou em deixar o Corinthians no período em que esteve em baixa.

“Pensar em sair, não pensei. Trabalhei para poder jogar. Não sou de falar que quero jogar. Tive várias conversas com o Tite, que sempre me disse que eu teria meu momento”.