Adalberto será assessor de Juvenal e poderá ajudar em negociações
A volta de Adalberto Baptista ao São Paulo afetará o organograma da diretoria. O ex-diretor de futebol, que deixou o clube no fim de julho após atrito público com Rogério Ceni e pressão interna por conta da crise, agora será diretor-secretário geral. Baptista estará longe do futebol, mas voltará a ser braço-direito do presidente Juvenal Juvêncio e poderá ajudar em negociações que não envolvam diretamente seu antigo departamento.
Adalberto Baptista era o principal executor da gestão de Juvenal Juvêncio. Migrou do marketing para o futebol em abril de 2011, na segunda reeleição do presidente, após assegurar a contratação de Luis Fabiano. A partir de então, ganhou prestígio com Juvenal e autonomia para crescer no São Paulo. Tornou-se braço direito e principal confidente do mandatário. Agora, como diretor-secretário geral, prestará assessoria à presidência como previsto na descrição do cargo.
Ter Adalberto Baptista a seu lado conforta Juvenal Juvêncio. O presidente é descrito como leal pelos aliados e confia em cada um deles, mas apadrinhou Baptista e gosta de partilhar com ele as decisões do clube. Pouco mais de um mês após o desligamento do ex-diretor de futebol, o presidente voltará a ouvir o que ele pensa a partir desta quarta-feira.
Além do auxílio à presidência, Adalberto Baptista também poderá ajudar em negociações contratuais. Um dos dirigentes da cúpula são-paulina exemplifica que o novo diretor-secretário geral poderia ter passado os últimos dias no Rio de Janeiro, onde o assessor da presidência José Francisco Manssur esteve para se reunir com a Rede Globo. A emissora que compra os direitos de transmissão de jogos do clube para diferentes competições apresentou resultados do último ano em reunião com diversos clubes. Visto como grande negociador, por conta do sucesso na vida profissional fora do clube, Baptista poderá atuar no contato com patrocinadores e ao firmar acordos financeiros.
O retorno do ex-diretor de futebol ao São Paulo foi visto com estranhamento pelos aliados de Juvenal Juvêncio. Estes são os mesmos que pressionaram para que Adalberto Baptista deixasse o cargo no futebol em meio à crise. A sensação descrita agora se dá por diferentes motivos. Primeiro porque acreditam que o dirigente terá influência politica negativa, uma vez que encontra enorme rejeição entre conselheiros após os fracassos do time. Em meio à corrida presidencial, enxergam a medida como arriscada.
Depois, porque acreditam que a "homenagem" de Juvenal a Baptista foi feita pela metade. Além da cadeira de diretor-secretário geral, a diretoria de planejamento também está sem dono no São Paulo, e é um cargo de muito mais prestígio. Acham que o fato do presidente não ter nomeado Baptista para este cargo simboliza a fraqueza.
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