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Situação vê Adalberto como desastre e fará diretor "calar a boca"

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

05/09/2013 12h49

Adalberto Baptista voltou à diretoria do São Paulo e dias depois de ser nomeado diretor-secretário geral criticou novamente o goleiro Rogério Ceni. A repercussão interna pelas declarações do dirigente foi a pior possível entre seus próprios aliados, que prometem pedir até o fim da semana ao presidente Juvenal Juvêncio que mande Adalberto "calar a boca". 

Em entrevista ao jornal Lance!, Adalberto afirmou que Ceni "se colocou acima do São Paulo" e disse que o capitão errou ao dizer que o clube "parou no tempo" após perder a Recopa Sul-Americana. Os aliados do grupo de situação já estranhavam o retorno do dirigente à diretoria - medida imposta por Juvenal - e dias depois da nomeação sentem os primeiros efeitos. É unânime o discurso de que Adalberto terá influência negativa no processo eleitoral até abril de 2014. 

Um dos dirigentes ouvidos pela reportagem afirma que Adalberto "é um desastre falando". Afirma, junto a outros, que será preciso ter o novo diretor-secretário geral calado para que a situação mantenha as chances de eleger o sucessor de Juvenal Juvêncio em abril de 2014. 

As críticas que Adalberto sofre pela nova crítica a Ceni são as mesmas que pressionaram o presidente para demiti-lo em julho. O dirigente pediu desligamento por conta própria ao ser bombardeado por alfinetar o jogador.

Na ocasião, ele disse que o goleiro vivia má fase com a bola nos pés e que estava em vias de se aposentar. Até lá, o ex-diretor de futebol colecionou desafetos pelo clube, entre conselheiros, jogadores e funcionários.

De volta à diretoria, Adalberto será assessor do presidente Juvenal Juvêncio e poderá ajudar em negociações que não envolvam o futebol. Enquanto isso, na política, Juvenal ainda não definiu quem indicará para concorrer com Kalil Rocha Abdalla, apoiado pelo ex-superintendente Marco Aurélio Cunha.