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Leandro Amaral muda para Disney e faz sucesso em time com filhos trigêmeos

Leandro Amaral, a mulher e os filhos antes de jogo de 3v3 - Arquivo pessoal
Leandro Amaral, a mulher e os filhos antes de jogo de 3v3 Imagem: Arquivo pessoal

José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo

12/09/2013 06h00

Viver bem, pagando um preço justo pelo que é oferecido, com boa educação e segurança. E em um lugar que faça a alegria dos filhos trigêmeos. Foi por esses motivos, entre outros, que o ex-jogador da seleção brasileira Leandro Amaral, hoje com 36 anos, decidiu há dois anos se mudar de vez para os Estados Unidos e viver em Orlando, muito próximo aos parques da Disney.

O ex-atacante de Portuguesa, São Paulo, Fluminense e Vasco, entre outros, decidiu pendurar as chuteiras em 2010, quando tinha apenas 33 anos, após uma passagem rápida pelo Flamengo. Sofreu com as lesões e não quis mais continuar por não se sentir tão útil no futebol quanto antigamente.

”Fiquei seis meses no Flamengo, mas estava me incomodando. A carga de treinamento era muito forte e o joelho doía. Pensei ´não dá mais pra insistir´. Fui até onde dava pra ir. Não conseguia jogar 100%, eu ia jogar 60%. Estava acostumado a jogar em bom nível, e depois tem que jogar lá pra baixo. Resolvi parar e parei feliz”, falou ao UOL Esporte.

Eis então que era hora de realizar um desejo que foi amadurecendo durante os anos de casado com Tatiana de se mudar para os Estados Unidos em busca de uma qualidade de vida melhor. A mulher do jogador já havia feito um intercâmbio na Califórnia nos tempos de estudante, e a ideia de se mudar para América do Norte sempre foi debatida, porém nunca concretizada em função da carreira de Leandro.

“Depois que parei, viemos duas vezes de férias para Orlando e Miami, e achamos que seria um bom lugar para morar por causa das crianças. Tenho trigêmeos de oito anos, e é uma ótima idade para aprender falar inglês. Decidimos rapidamente tudo. Em uma semana arrumamos a mala e nos mudamos”, contou.

A escolha pela cidade da Flórida foi, entre outros motivos, para deixar os filhos mais próximos do mundo encantado dos parques e personagens de desenho. “A gente veio para Orlando por causa das crianças, por causa da Disney. Primeiro sempre o estudo, mas também por causa dos parques e conhecíamos outras pessoas que moravam. Sempre vínhamos mais para Orlando por causa das crianças. Tem os parques do lado, que eles gostam."


Para o desejo sair do papel, Tatiana acionou uma amiga dos tempos de intercâmbio nos Estados Unidos que tinha um conhecido que trabalha com esportes na cidade de Orlando. Eis então que Leandro conseguiu uma chance para ser treinador de uma escolinha de futebol por indicação dessa pessoa. Passou os primeiros meses com visto de turista, e agora já tem visto de trabalho para dar aulas.

Trabalha com crianças em um clube chamado Rush e também faz trabalhos à parte em treinos particulares de finalização com crianças que querem aprimorar os fundamentos. Enquanto isso Tatiana cuida das crianças e ajuda na adaptação da família. 

O ex-atacante conta que não deseja mais voltar ao país de origem, apesar da saudade da família e amigos. Diz que a qualidade de vida aumentou muito e que um regresso ao país natal só é utilizado como forma de “pressionar” os filhos a ter um bom comportamento.

“A gente adora o Brasil, sentimos falta dos amigos. Mas aqui dá uma qualidade de vida melhor pras crianças, um estudo melhor, mais segurança. As escolas não tem como comparar. Eu morava em Alphaville, pra pagar estudo pra três crianças era caríssimo. Aqui eles estudam na rede pública, mas que é seis estrelas. É uma baita escola”, contou.

“Eles adoram (Orlando), não querem voltar. Quando eles fazem bagunça a gente brinca que vai voltar, aí eles param na hora. Pra criança não tem cidade no mundo como Orlando. É uma qualidade de vida impressionante”, continuou.

  • Arquivo Pessoal

    Leandro Amaral com o time campeão do torneio três contra três

Título em campeonato de três contra três

A fase da família Amaral é tão boa que Leandro conta que eles conquistaram o título de um torneio de futebol muito disputado nos Estados Unidos, chamado de 3v3, algo como o futebol de rua brasileiro com o famoso gol “japonês”.

Um jogo de três atletas na linha e sem goleiro, com algumas regras específicas, como de só poder fazer gol dentro da área, entre outras. É possível inscrever até sete atletas, mas somente três atuam, e os outros ficam na reserva.

Eis então que Leandro formou seu time com os filhos Lorenzo, Felipe e até a garota Valentina. Começaram a ir bem nos campeonatos e passaram até a “contratar” bons jogadores de outro time. Nasceu então o Super Striker.

“Disputamos um campeonato e ganhamos de times fortes. No começo mal sabíamos as regras. Aí fomos jogando mais torneios, ficando em segundo, terceiro e até primeiro. Tinha um time muito bom que ganhava todos os torneios. Aí eles quiseram terminar o time deles e jogar com a gente. Nosso time ficou mais forte ainda”, falou.

O Super Striker então venceu um campeonato estadual, da Flórida, e se classificou para disputar o nacional, que envolvia os campeões de outros estados americanos. E conseguiu mais um título.

“Ganhamos o torneio do estado e nos qualificamos para o torneio da Disney, que é nacional. Pegamos o s melhores times e ganhamos”, contou.

VEJA O TIME DE LEANDRO AMARAL EM CAMPO