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Oliver Kahn teme represálias e não aconselha gays no esporte a se assumirem

Oliver Kahn foi eleito o melhor jogador da Copa de 2002, quando a Alemanha foi vice-campeã - AP
Oliver Kahn foi eleito o melhor jogador da Copa de 2002, quando a Alemanha foi vice-campeã Imagem: AP

Do UOL, em São Paulo

12/09/2013 19h01

Vice-campeão do mundo com a seleção alemã na Copa de 2002, o ex-goleiro Oliver Kahn deu uma declaração polêmica nesta sexta-feira. Em entrevista à Revista People, o alemão afirmou que não aconselharia os atletas homossexuais de seu país a se assumirem publicamente.

"Pode parecer triste, mas eu não aconselharia ele (um jogador gay) a se assumir", afirmou Kahn, eleito o melhor jogador do Mundial no qual o Brasil conquistou o pentacampeonato.

Para defender sua afirmação, Kahn declarou que o atleta teria que enfrentar provocações de torcedores rivais nas partidas e ainda temeu por 'coisas desagradáveis' devido à paixão das torcidas.

"A atmosfera no futebol é aquecida. Há rivalidades, o que pode levar as pessoas a fazerem coisas desagradáveis. Como ele vai lidar com patrocinadores? O que isso significa para a carreira? A situação é mais difícil do que parece à primeira vista", declarou o ex-goleiro, hoje com 44 anos.

O tema 'homossexualismo no esporte' ganhou espaço para debates na Alemanha especialmente depois que a Federação local 'desafiou' os atletas gays a se assumirem, demonstrando total apoio a eles. Até mesmo a seleção de futebol foi convidada para desfilar no Dia do Orgulho Gay, em julho.