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Após grave acidente, Rincón diz que nasceu de novo e quer jogar Showbol

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

17/09/2013 15h47

Menos de um mês após ter sofrido grave acidente automobilístico na Colômbia, o ex-jogador de futebol Freddy Rincón, 47, já começou a fazer planos. Ele pretende voltar ao Brasil em novembro deste ano e quer participar do Showbol, campeonato disputado em quadras de grama sintética por equipes formadas por ídolos do passado dos principais clubes do país.

“Eu nasci de novo. Da forma que ficou o carro, posso dizer que nasci de novo. Estou tomando antibióticos e fazendo fisioterapia, e após a recuperação eu pretendo voltar a jogar. Não profissionalmente, mas em peladas. O Showbol, talvez”, disse Rincón ao UOL Esporte.

Rincón sofreu um acidente automobilístico no dia 24 de agosto, um sábado, em uma rodovia que liga Cali ao município de Andalucia. Ele sofreu um traumatismo crânio-encefálico moderado e precisou passar por cirurgia para corrigir uma fratura no ombro.

“Também levei quatro pontos no pé direito. O susto foi grande, e agora estou na recuperação. A pista estava molhada, o carro derrapou e eu não tive como controlar”, relatou o colombiano.

Segundo o jornal colombiano “El Tiempo”, autoridades locais chegaram a investigar se Rincón estava acima da velocidade permitida na pista. Contudo, o ex-jogador rechaça essa possibilidade: “Se fosse assim, não estaria aqui contando a história para você. Eu estava no limite, mas o carro foi como a bola no campo molhado. Não consegui dominar”.

Outra história que Rincón contesta é sobre a presença de uma mulher com ele no carro. “Eu estava sozinho, mas fiquei sabendo que falaram isso. Estava a caminho da cidade de Pereira para jogar uma pelada. Até o policial rodoviário falou que eu estava sozinho. As pessoas apimentam as coisas, e esse é o preço da fama”, ponderou o ex-atleta.

No entanto, Rincón não se incomoda com as versões que considera inverídicas. Um dos efeitos do tempo de internação, segundo o colombiano, foi reavaliar a relação com essas coisas: “Eu recapitulei muita coisa. Precisava desse tempo para pensar. Isso me ajudou a fazer um resumo de tudo e julgar menos as pessoas”.

O mesmo raciocínio vale para os times brasileiros que Rincón defendeu. “Ninguém daí falou comigo, mas eu não critico. Estava no hospital, sem poder usar o telefone, e não tinha muito como me comunicar com alguém”, encerrou o colombiano.

Rincón disputou três edições da Copa do Mundo com a seleção colombiana (1990, 1994 e 1998). Além disso, passou por clubes como Real Madrid, Napoli, Palmeiras, Corinthians, Santos e Cruzeiro.