Após reunião com CBF, Bom Senso F.C. buscará ajuda de ex-gerente da Uefa

Os jogadores que lideram o movimento Bom Senso F.C. vão aproveitar a realização de um seminário no dia 14 de outubro, em Porto Alegre, para tentar angariar um novo apoio para o grupo. Eles pretendem interpelar Saam Momen, brasileiro que trabalhou durante oito anos na Uefa e chegou a ser gerente de futebol e regulamentos na entidade do Velho Continente.

Uma das atribuições de Momen na Uefa era justamente o planejamento do calendário do futebol europeu. O assunto faz parte de um plano de prioridades do Bom Senso F.C. – as propostas do grupo estão espalhadas por cinco temas: calendário, férias, pré-temporada, fair play financeiro e participação de jogadores em conselhos técnicos de entidades.

O Bom Senso F.C. foi lançado na terça-feira da semana retrasada. Inicialmente, o movimento tinha assinaturas de 75 assinaturas das duas primeiras divisões do futebol brasileiro. A primeira reunião presencial aconteceu em São Paulo, e a essa altura o grupo já passava de 300 adesões.

Depois do encontro em São Paulo, que foi realizado na segunda-feira da semana passada, os jogadores apresentaram o plano de cinco tópicos e pediram uma reunião com a CBF. Eles foram recebidos na entidade na última segunda.

Na reunião com a entidade nacional, os jogadores não apresentaram nenhuma proposta fechada. Eles exibiram um dossiê para justificar o porquê de pedirem mudanças, mas tentaram abrir um debate sobre possíveis caminhos. A CBF pediu 15 dias para responder.

Nesse período, os jogadores vão seguir se movimentando. Uma das ideias é encontrar Momen, que participará do seminário “Futebol do Futuro” no próximo dia 14 de outubro, em Porto Alegre.

“Ainda não há nada oficialmente marcado, mas existe a chance de conversarmos. Vou tentar passar alguns pontos fundamentais sobre a montagem do calendário. Não existe fórmula ideal, mas acredito que podemos nos adequar melhor dentro da realidade do país”, disse Momen.

Atualmente, Momen lidera a área de projetos especiais da agência Golden Goal. Além disso, trabalha como diretor de partida Uefa do Arsenal (Inglaterra).

“Não podemos achar que vamos adaptar o nosso calendário ao europeu, até porque são questões culturais e aspectos diferentes. No entanto, é preciso haver uma discussão bem ampla sobre a hierarquia desta montagem. Na Uefa, por exemplo, definimos datas de Liga dos Campeões e Liga Europa baseados no calendário da Fifa. Isso não ocorre no Brasil”, ponderou o executivo.