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Ex-cartolas 'oficializam' influência no Fla e comandam futebol do clube

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/10/2013 06h10

Presentes desde o início do ano na diretoria do Flamengo, os antigos cartolas que comandaram o clube em outras gestões participam de maneira cada vez mais ativa nos bastidores. E agora de maneira oficial. Aliado dos ex-presidentes Kleber Leite e Márcio Braga, Plínio Serpa Pinto assumiu a pasta de relações externas do Rubro-negro. No entanto, a influência vai muito além disso. É ele o responsável por auxiliar o vice Wallim Vasconcellos a comandar o futebol.

A “oficialização” da influência se deu após um pedido do vice de marketing do clube, Luiz Eduardo Baptista, e Wallim – dois dos principais nomes da alta cúpula rubro-negra. Diante de um momento conturbado e lutando contra a ameaça do rebaixamento, ambos entenderam que a diretoria precisava de gente com experiência na política e no futebol para salvar o time da Gávea.

E com o cargo de vice-presidente de relações externas vago desde a saída de Flávio Godinho, em agosto, a diretoria arranjou a “brecha” que precisava para encaixar Plínio na atual gestão.

A entrada do novo vice-presidente expôs a influência dos antigos cartolas e os rumores de uma possível saída de Wallim Vasconcellos do comando do futebol. O atual vice admite a “ajuda” de Plínio, mas nega qualquer chance de deixar o cargo.

“Não tem nada dessa história de que eu vou deixar o cargo. Tenho o apoio de diretoria, família e outras inúmeras pessoas. Chamei o Plínio porque precisamos escutar pessoas que entendem desse mundo do futebol. É apenas uma questão de ajuda. Ninguém quer derrubar dirigente aqui dentro do Flamengo”, argumentou Wallim.

“O Plínio é uma pessoa excelente, disposta a ajudar e está colaborando. Conversamos muito e estamos tentando melhorar as coisas no nosso departamento de futebol e no clube como um todo”, completou o atual vice de futebol.

Mesmo com o pouco tempo, Plínio Serpa Pinto já participa de maneira ativa no futebol. Após a demissão de Mano Menezes, o vice de relações externas deu sugestões de nomes que poderiam substituir o antigo treinador e, posteriormente, votou pela permanência de Jayme de Almeida, que acabou sendo efetivado no cargo de treinador.

Pouco tempo depois, foi dele a missão de "apagar um incêndio" envolvendo Carlos Eduardo. Muito questionado, o meia foi pivô de uma polêmica notícia que dava conta de uma possível devolução ao atleta ao Rubin Kazan, da Rússia, que detém seus direitos econômicos. Plínio entrou no circuito e evitou uma crise interna e qualquer insatisfação do camisa 20, que poderia se sentir desprestigiado.

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Plínio Serpa Pinto, porém, não é o único membro da “velha guarda” da política rubro-negra a colaborar com a gestão do futebol. Além dele, Kleber Leite segue como um consultor e uma das pessoas mais influentes na vida do clube. Esta versão, porém, o clube insiste em não confirmar. Pelo menos por enquanto.

Trocas na diretoria
Além da chegada de Plínio, que comanda as relações externas e, principalmente, o futebol, o Flamengo anunciou outras mudanças na alta cúpula. Rafael Strauch deixou a Secretaria Geral e assumiu o comando do Fla-Gávea (sede). Já Claudio Pracownik, que segue como vice-presidente de Administração, assumiu a pasta de Secretaria. Os novatos, porém, não tem qualquer influência em outros esportes.