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Patricia Amorim reage e promete ir à Justiça contra cartolas do Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/10/2013 09h36

Patricia Amorim irá contra-atacar após escapar de um processo disciplinar no Conselho Deliberativo do Flamengo, que poderia até mesmo expulsar a ex-presidente dos quadros do clube. Ela reclama da forma como foi tratada pela atual administração rubro-negra e promete ir à Justiça para buscar reparação. Os alvos são dirigentes que a “condenaram” antes mesmo da possibilidade de defesa.

Em entrevista ao jornal O Globo, Patricia lamentou o processo e afirmou que irá encarar integrantes da comissão de inquérito do conselho nos tribunais. “O dano é irreparável. Tinha sido acusada, condenada e julgada sem poder me defender. É preciso fazer com que essas pessoas respondam pelo que fizeram”, destacou a ex-presidente, que descartou processar o Flamengo.

Após uma reunião muito tumultuada que começou na noite de terça-feira e durou mais de 5h30, os conselheiros rubro-negros optaram por não aprovar um relatório que apontava contas irregulares da antiga mandatária, que chegou até mesmo a justificar gastos de 2011 com uma nota fiscal de 1994.

Com isso, não foi possível a abertura de um novo inquérito e um processo disciplinar para punir os responsáveis pelas contas que não foram prestadas devidamente.

Com direito a choro de Patricia Amorim e algumas brigas entre seus correligionários e membros da situação, o documento que apontava as irregularidades foi reprovado pela maioria dos conselheiros – 170 votaram contra a abertura de um inquérito por conta dos números do relatório, enquanto apenas 133 desejavam ver um processo disciplinar para julgar os responsáveis. Houve ainda 11 abstenções.

A ex-presidente lembrou que soube das acusações somente na tarde de terça-feira. Nesse período, localizou comprovantes de gastos que reduziram o valor questionado pela auditoria de R$ 1,6 milhão para R$ 500 mil.

“A transparência e a austeridade dos discursos têm que começar pelas práticas. Sempre respeitei o resultado da urna. Se fui bem ou não, é uma análise subjetiva. Faço autocrítica e avalio o que não fiz, mas nunca houve desonestidade”, completou Patricia, ainda em declarações ao jornal.