Fifa critica Tottenham por manter goleiro com risco de concussão em campo

Segundo o chefe médico da Fifa, Jiri Dvorak, o goleiro francês Hugo Lloris deveria ter sido substituído no jogo em que o Tottenham empatou sem gols com o Everton no último domingo, pelo Campeonato Inglês. O camisa 25 sofreu uma forte joelhada na cabeça com o atacante Lukaku e, segundo o especialista, corria risco de estar com uma concussão.

"Quem perde a consciência tem 99% de chances de ter uma concussão. O jogador deveria ter sido substituído", criticou Dvorak, em entrevista reproduzida no jornal inglês Daily Mail. "O fato do outro jogador (Lukaku) ter precisado de gelo no joelho indica o tamanho do choque", comparou.

O técnico André Villas-Boas se defendeu alegando que foi o próprio atleta quem quis seguir em campo, mesmo depois de sofrer o choque. "Hugo (Lloris) ainda não lembra do impacto, mas ele estava muito focado e determinado a continuar", relativizou.

"Se o jogador ficou inconsciente, ele mesmo não tem condições de ver a realidade", rebateu o médico da Fifa. "Não sei detalhes, mas imagino que os médicos tenham pedido a substituição", completou Dvorak.

Por conta de alguns seguidos problemas com choques na cabeça, o goleiro Petr Cech, do Chelsea, passou a jogar com capacete para manter sua integridade. Caso semelhante ocorre com o zagueiro Cristian Chivu, da Inter de Milão, que também atua com proteção na cabeça. Lloris, contudo, não deve usar o artefato nos próximos jogos.